Priapismo Secundário a Heparinas de Baixo-Peso-Molecular: Um Caso Clínico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.18350

Palavras-chave:

Heparina de Baixo Peso Molecular/efeitos adversos, Priapismo/induzido quimicamente

Resumo

O priapismo pode ser um efeito adverso das heparinas de baixo peso molecular, cuja fisiopatologia não é totalmente compreendida. Os autores apresentam o caso de um doente, do sexo masculino, 51 anos, com diagnóstico de oligodendroglioma. O doente apresentou um episódio de priapismo, no terceiro mês sob tinzaparina, sem nenhuma outra alteração recente da sua medicação habitual e com consumo de outros medicamentos negado. Foi submetido a cirurgia, com resolução do priapismo, mas apresentou fibrose sequelar dos corpos cavernosos, com consequente disfunção eréctil. Desde então o doente não retomou heparina e não apresentou novos episódios de priapismo. Um célere reconhecimento do quadro pode contribuir para menores sequelas, com consequente diminuição da morbilidade e impacto na qualidade de vida. Mais investigação é necessária para aumentar o conhecimento sobre a fisiopatologia desta situação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anele UA, Le BV, Resar LM, Burnett AL. How I treat priapism. Blood. 2015;125:3551-8.

Berger R, Billups K, Brock G, Broderick GA, Dhabuwala CB, Goldstein I, et al. Report of the American Foundation for Urologic Disease (AFUD) Thought Leader Panel for evaluation and treatment of priapism. Int J Impot Res. 2001;13:S39-43.

Scherzer ND, Reddy AG, Le TV, Chernobylsky D, Hellstrom WJ. Unintended consequences: a review of pharmacologically induced priapism. Sex Med Rev. 2019;7:283-92.

Lin PH, Bush RL, Lumsden AB. Low molecular weight heparin induced priapism. J Urol. 2004;172:263.

Bick RL, Frenkel EP. Clinical aspects of heparin-induced thrombocytopenia and thrombosis and other side effects of heparin therapy. Clin Appl Thromb Hemost. 1999;5:S7-15.

Carmoi T, Skopinski S, Constans J, Vahedy A, Conri C. Priapisme et héparine de bas poids moléculaire. A propos d’un cas. Rev Med Interne. 2001;22:1002-3.

Montague DK, Jarow J, Broderick GA, Dmochowski RR, Heaton JP, Lue TF. American Urological Association guideline on the management of priapism. J Urol. 2003;170:1318-24.

Moik F, Chan WS, Wiedemann S, Hoeller C, Tuchmann F, Aretin MB. Incidence, risk factors, and outcomes of venous and arterial thromboembolism in immune checkpoint inhibitor therapy. Blood. 2021;137:1669-78.

Purnell J, Abdulla AN. Case report: ischemic priapism secondary to tinzaparin. Int J Impot Res. 2018;30:62-4.

Christ GJ, Richards S, Winkler A. Integrative erectile biology: the role of signal transduction and cell-to-cell communication in coordinating corporal smooth muscle tone and penile erection. Int J Impot Res. 1997;9:69-84.

Fournier GR Jr, Juenemann KP, Lue TF, Tanagho EA. Mechanisms of venous occlusion during canine penile erection: an anatomic demonstration. J Urol. 1987;137:163-7.

Song PH, Moon KH. Priapism: current updates in clinical management. Korean J Urol. 2013;54:816.

Bschleipfer TH, Hauck EW, Diemer TH, Bitzer M, Kirkpatrick CJ, Pust RA. Heparin-induced priapism. Int J Impot Res. 2001;13:357-9.

Duggan ML, Morgan C Jr. Heparin: a cause of priapism? South Med J. 1970;63:1131-4.

De Siati M, Chierigo P, Contin F, Lazzarotto M, Rahmati M, Franzolin N. Priapism as a complication of heparin therapy. Arch Ital Urol Androl. 1999;71:201-2.

Burke BJ, Scott GL, Smith PJ, Wakerley GR. Heparin-associated priapism. Postgrad Med J. 1983;59:332-3.

Høyerup P, Dahl C, Azawi NH. Partiel priapisme. Ugeskr Laeger. 2014;176: V11130680.

Gresty H, Tadtayev S, Arumainayagam N, Patel S, King C, Boustead G. Quantitative functional outcomes of the conservative management of partial segmental thrombosis of the corpus cavernosum. Ann R Coll Surg Engl. 2015;97:e108-11.

Downloads

Publicado

2022-08-29

Como Citar

1.
Liz-Pimenta J, Dias N, Barbosa M, Sousa M. Priapismo Secundário a Heparinas de Baixo-Peso-Molecular: Um Caso Clínico. Acta Med Port [Internet]. 29 de Agosto de 2022 [citado 18 de Julho de 2024];36(5):358-60. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/18350

Edição

Secção

Caso Clínico