Ruído Noturno e Qualidade do Sono em uma Enfermaria de Medicina em Portugal: Um Estudo Observacional

Autores

  • Mariana Alves Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon; Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisbon. https://orcid.org/0000-0002-1369-8423
  • Emília Monteiro Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon.
  • Margarida Nogueira Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon.
  • Catarina Távora Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon.
  • Francisca Sarmento Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon.
  • Inês Marques Macedo Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon.
  • Nayive Gomez Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon; Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisbon.
  • Teresa Fonseca Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon; Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisbon.
  • Glória Nunes Silva Serviço de Medicina III. Hospital Pulido Valente. Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Norte. Lisbon; Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisbon.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.19042

Palavras-chave:

Internamento, Medicina Interna, Privação do Sono, Ruído, Serviços Hospitalares

Resumo

Introdução: Os hospitais devem proporcionar um ambiente tranquilo para promover a recuperação e o bem-estar dos doentes. No entanto, dados publicados indicam que as diretrizes da Organização Mundial da Saúde permanecem frequentemente por cumprir. O presente estudo tem como objetivo quantificar os níveis de ruído noturno numa enfermaria de medicina interna e avaliar a qualidade do sono, bem como o uso de medicamentos sedativos.
Material e Métodos: Estudo observacional prospetivo numa enfermaria de Medicina Interna. Entre abril de 2021 e janeiro de 2022, foi registado o ruído noturno, em dias aleatórios, com uma aplicação para smartphone (Apple® iOS, Decibel X). O registo ocorreu das 22 às 8 horas. No mesmo período, os doentes internados foram convidados a responder a um questionário sobre a qualidade do sono.
Resultados: Foram gravadas 59 noites. O nível médio de ruído foi de 55 dB com mínimo de 30 dB e máximo de 97 dB. Cinquenta e quatro doentes foram incluídos no estudo. Foi reportada uma pontuação intermédia para qualidade do sono noturno (35,45 em 60) e a perceção de ruído noturno (5,26 em 10). Os principais motivos para a má qualidade do sono foram relacionados com a presença de outros doentes (nova admissão, descompensação aguda, delirium e roncopatia), seguido do ruído produzido por equipamentos e pelos profissionais, e a luz ambiente. Dezanove doentes (35%) tomavam previamente sedativos, mas 41 doentes (76%) receberam prescrição de sedativos durante o internamento.
Conclusão: Os níveis de ruído detetados numa enfermaria são superiores aos recomendados pela Organização Mundial Saúde. A maioria dos doentes recebeu prescrição de sedativos durante o internamento.

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Publicado

2023-03-13

Como Citar

1.
Alves M, Monteiro E, Nogueira M, Távora C, Sarmento F, Marques Macedo I, Gomez N, Fonseca T, Nunes Silva G. Ruído Noturno e Qualidade do Sono em uma Enfermaria de Medicina em Portugal: Um Estudo Observacional. Acta Med Port [Internet]. 13 de Março de 2023 [citado 22 de Novembro de 2024];37(2):119-25. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/19042

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