Avaliação do Desempenho de Três Câmaras de Expansão

Autores

  • Sofia Abreu Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade do Minho, Guimarães. Portugal.
  • Luis F Silva Departamento de Engenharia Mecânica, Universidade do Minho, Guimarães. Portugal.
  • Senhorinha Teixeira Departamento de Produção e Sistemas. Universidade do Minho. Guimarães. Portugal.
  • Helena C Marques Faculdade de Farmácia. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Nuno Ramalhete Faculdade de Farmácia. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Henedina Antunes Serviço de Pediatria, Hospital de Braga e Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde (ICVS), Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho e ICVS/3B’s-Laboratório Associado, Braga/Guimarães. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.2

Resumo

Introdução: Existem vários factores que afectam a distribuição do fármaco nas vias áreas inferiores, onde podemos destacar os factores associados ao próprio dispositivo de inalação. Este trabalho tem como objectivo avaliar o desempenho da libertação de fármaco em três câmaras de expansão, assim como a quantidade de agente activo depositada no seu interior.

Materiais e Métodos: Foi utilizado o Impinger Líquido de vários estágios (MSLI) de modo a avaliar o comportamento das partículas da suspensão Ventilan®HFA acoplado a três câmaras de expansão (Volumatic®, AeroChamber MAX® e NebuChamber®), de acordo com a Farmacopeia Portuguesa. A massa de sulfato de salbutamol recolhida nos diferentes compartimentos do impinger e no corpo da câmara foi determinada por espectrofotometria de modo a determinar a percentagem de massa cumulativa para cada câmara, determinando-se a fracção de partículas finas. Utilizou-se a Análise de Variância simples (One-way ANOVA) com o teste Post-Hoc de Bonferroni para a comparação dos resultados.

Resultados: A deposição do sulfato de salbutamol ocorreu fundamentalmente no corpo das três câmaras, aproximadamente entre 40 a 50 %. Esta deposição é ligeiramente inferior na NebuChamber® (média±desvio-padrão: 43,8 % ± 11,6 %), mas não significativa relativamente à Volumatic® (p=0,351) ou à AeroChamber MAX® (p=0,115). A fracção de partículas finas assume valores de: 28,2 % ± 4,1 %, 29,6 % ± 2,4 % e 30,9 % ± 6,7 % para a Volumatic®, AeroChamber MAX® e NebuChamber®, respectivamente.

Conclusão: As câmaras de expansão estudadas apresentam eficácias semelhantes na veiculação de sulfato de salbutamol aos estágios mais inferiores, não tendo sido encontrada relação entre os resultados e as suas características de volume, forma e material constituinte. Deste modo, a Volumatic® aparenta ser a câmara ideal para um hospital, uma vez que o seu grande volume não constitui uma desvantagem, sendo que o seu preço, inferior relativamente às anteriores, constitui uma vantagem de extrema importância para os hospitais públicos.

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Publicado

2012-05-25

Como Citar

1.
Abreu S, Silva LF, Teixeira S, Marques HC, Ramalhete N, Antunes H. Avaliação do Desempenho de Três Câmaras de Expansão. Acta Med Port [Internet]. 25 de Maio de 2012 [citado 22 de Novembro de 2024];25(1):4-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/2