Indicações para Cesarianas num Hospital Terciário durante Sete Anos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.2001Resumo
Introdução: Analisar a evolução da taxa de cesarianas e as principais indicações para cesariana num centro terciário.Material e Métodos: Estudo retrospectivo conduzido num hospital universitário que incluiu 5751 grávidas submetidas a cesariana entre 2005 e 2011. Analisaram-se as taxas de cesarianas, incluindo a taxa de primeiras cesarianas e de cesarianas repetidas. Para avaliar a contribuição relativa de cada uma das indicações na variação da taxa de primeiras cesarianas recorreu-se à regressão linear e determinou-se o valor do r2 ajustado.
Resultados: Durante o período do estudo a taxa de cesarianas diminuiu de 30,9% para 27,6%. Esta descida deveu-se à diminuição da taxa de primeiras cesarianas (21,9% para 18,2%), apesar de se ter constatado um ligeiro aumento da taxa de cesarianas repetidas (9,0 para 9,4%). Entre as indicações para primeiras cesarianas, as causas materno-fetais e de apresentação anómala foram as que diminuiram mais, com valores de r2 ajustado de 0,70 e 0,55, respectivamente.
Discussão: Os dados coligidos permitiram identificar a hipótese de que a diminuição da taxa de cesarianas se deveria a uma retração detectada sobretudo a nível das primeiras cesarianas, em particular as decorrentes de causas materno-fetais e apresentação anómala.
Conclusão: A diminuição da taxa de primeiras cesarianas pode ser atribuída a várias modificações na prática clínica do Departamento, como a implementação da versão cefálica externa, a indução do trabalho de parto a partir das 41 semanas de gestação, em gravidezes de baixo risco e da realização de provas de trabalho de parto em casos de patologia materno-fetal. No entanto, indicações subjectivas, como a paragem de progressão do trabalho de parto e a suspeita de sofrimento fetal são ainda causas major de primeiras cesarianas.
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