Avaliação dos Resultados do Tratamento Antiangiogénico na Neovascularização Coroideia Associada à Miopia Patológica

Autores

  • Beatriz Carvalho Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Paulo Freitas-Costa Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • João Pinheiro-Costa Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Manuel Falcão Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Ângela Carneiro Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Fernando Falcão-Reis Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.2038

Resumo

Introdução: A neovascularização coroideia associada à miopia patológica é uma das principais causas de perda de visão central e irreversível em indivíduos jovens. Os objetivos deste estudo são avaliar os resultados a longo prazo do tratamento antiangiogénico, com ranibizumab e/ou bevacizumab, na neovascularização coroideia associada à miopia patológica e caraterizar os fatores preditivos dos resultados funcionais e anatómicos obtidos.
Material e Métodos: Avaliámos os resultados de 84 olhos de 81 doentes com neovascularização coroideia miópica, dos quais 84 (100%) completaram 12 meses de seguimento, 67 (79,8%) 24 meses de seguimento, 54 (64,3%) 36 meses de seguimento, 29 (34,5%) 48 meses de seguimento e 15 (16,7%) 60 meses de seguimento. Procedemos à recolha de dados relativos à melhor acuidade visual corrigida em escala ETDRS, espessura foveal na tomografia de coerência óptica e caraterísticas da angiografia fluoresceínica, inicial e após tratamento.
Resultados: As melhorias na melhor acuidade visual corrigida e na espessura foveal foram significativas para todos os tempos de seguimento (p < 0,05). A média da melhor acuidade visual corrigida inicial era de 43,7 ± 20,1 letras e da espessura foveal inicial de 304,8 ± 127,9μm. As médias da melhor acuidade visual corrigida foram de 55,6 ± 18,5, 52,1 ± 22,3, 52,1 ± 22,6, 50,3 ± 23,8 e 47,8 ± 24,5 para os 12, 24, 36, 48 e 60 meses de tratamento, respetivamente. As médias das espessuras foveais foram de 209,7 ± 86,2, 190,6 ± 76,1, 174,7 ± 60,6, 189,8 ± 96,7 e 159,4 ± 73,3 para os mesmos tempos de seguimento. Apenas a melhor acuidade visual corrigida inicial foi preditiva de melhores resultados na melhor acuidade visual corrigida final (p < 0,001).
Discussão/Conclusão: As injecções intravítreas de anti-VEGF em doentes com neovascularização coroideia miópica cursam com uma melhoria funcional e anatómica significativa e sustentada no tempo. Ensaios clínicos randomizados com follow-up mais extenso são necessários para comprovar a eficácia sustentada destes agentes.

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Biografias Autor

Beatriz Carvalho, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Paulo Freitas-Costa, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

João Pinheiro-Costa, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Manuel Falcão, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Ângela Carneiro, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Fernando Falcão-Reis, Departamento de Oftalmologia. Hospital de São João/Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Publicado

2014-01-08

Como Citar

1.
Carvalho B, Freitas-Costa P, Pinheiro-Costa J, Falcão M, Carneiro Ângela, Falcão-Reis F. Avaliação dos Resultados do Tratamento Antiangiogénico na Neovascularização Coroideia Associada à Miopia Patológica. Acta Med Port [Internet]. 8 de Janeiro de 2014 [citado 24 de Novembro de 2024];27(1):49-58. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/2038