Prognóstico Vital em Doentes com Cancro Avançado: Revisão Sistemática da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.2105Resumo
Prognosticar é uma competência médica crucial para a adequação de planos terapêuticos e a gestão de expectativas e prioridades dos doentes e famílias. Em 2005, a European Association of Palliative Care (EAPC) publicou recomendações sobre a formulação do prognóstico vital em doentes com cancro avançado. É objetivo deste estudo analisar a literatura subsequente a esta revisão e atualizar as recomendações apresentadas. Usando a mesma estratégia do grupo da EAPC, efetuamos uma pesquisa sistemática da literatura nas bases de dados eletrónicas PubMed e Scopus incluindo estudos originais em adultos com cancro avançado, sem tratamento dirigido à neoplasia, com sobrevivência mediana inferior a 90 dias. Os artigos foram analisados e classificados quanto ao grau de evidência por dois revisores independentes. Os 41 artigos analisados permitiram manter recomendações com evidência grau A para a estimativa clínica da sobrevivência e para o Palliative Prognostic score e agora também para o Palliative Prognostic Index, estado funcional, dispneia, linfopenia e desidrogenase lática. Recomendações quanto ao uso de preditores como proteína C reativa, leucocitose, azotemia, hipoalbuminemia e sexo masculino apresentaram uma força grau B. Formular o prognóstico vital e comunicá-lo adequadamente ao doente e família são competências cruciais dos médicos, particularmente daqueles que lidam com doentes em fimde vida. A impressão clínica combinada com a evidência científica permite estimar com maior acuidade o tempo de vida restante dos doentes com cancro avançado, permitindo estabelecer prioridades e gerir de forma mais adequada os recursos existentes.
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