Caso Fatal de Miocardite e Miosite Imunomediadas Associadas ao Tratamento com Inibidores de Checkpoint Imunitário e de Tirosina-Quinase

Autores

  • João Queirós Coelho Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.
  • Joana Simões Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.
  • Tomás Fonseca Clinical Immunology Unit. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.
  • Sérgio Xavier Azevedo Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.
  • António Araújo Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto; Oncology Research Unit. Unit for Multidisciplinary Research in Biomedicine (UMIB). School of Medicine and Biomedical Sciences (ICBAS). Universidade do Porto. Porto.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.21306

Palavras-chave:

Carcinoma de Células Renais/tratamento farmacológico, Inibidores de Checkpoint Imunológico/efeitos adversos, Inibidores de Tirosina-Quinase/efeitos adversos, Miocardite/induzida quimicamente, Miosite/induzida quimicamente

Resumo

Os inibidores de checkpoint imunitário e os inibidores de tirosina-quinase constituem o novo standard of care no tratamento de primeira linha do carcinoma renal de células claras metastático. Existe uma preocupação crescente com os eventos adversos imunomediados graves. Um homem de 78 anos com carcinoma renal de células claras metastático tratado com pembrolizumab e axitinib foi admitido no serviço de urgência, 30 dias após o início do tratamento, com miosite rapidamente progressiva. Foi identificada miocardite com disfunção ventricular grave. A biópsia muscular foi compatível com miopatia inflamatória associada aos inibidores de checkpoint imunitário. A abordagem inicial com corticosteroides em alta dose obteve resposta insuficiente. A escalada terapêutica ao terceiro dia com metilprednisolona, imunoglobulina e abatacept associou-se a melhoria clínica. No décimo primeiro dia documentou-se arritmia maligna seguida de paragem cardiorrespiratória. Este é um dos primeiros casos a descrever miocardite e miosite durante o tratamento com pembrolizumab-axitinib. O inibidor de checkpoint imunitário parece ter o papel mais preponderante, mas é possível que o inibidor de tirosina-quinase, ao tentar promover a modulação imunitária, também possa potenciar as toxicidades graves.

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Biografias Autor

João Queirós Coelho, Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.

 

 

Joana Simões, Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.

 

 

Tomás Fonseca, Clinical Immunology Unit. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.

 

 

Sérgio Xavier Azevedo, Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto.

 

 

António Araújo, Medical Oncology Service. Hospital de Santo António. Unidade Local de Saúde de Santo António. Porto; Oncology Research Unit. Unit for Multidisciplinary Research in Biomedicine (UMIB). School of Medicine and Biomedical Sciences (ICBAS). Universidade do Porto. Porto.

 

 

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Publicado

2024-10-14

Como Citar

1.
Queirós Coelho J, Simões J, Fonseca T, Xavier Azevedo S, Araújo A. Caso Fatal de Miocardite e Miosite Imunomediadas Associadas ao Tratamento com Inibidores de Checkpoint Imunitário e de Tirosina-Quinase. Acta Med Port [Internet]. 14 de Outubro de 2024 [citado 21 de Novembro de 2024];. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/21306

Edição

Secção

Caso Clínico