Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento da Infeção Não Complicada por Chlamydia trachomatis (Não- Linfogranuloma Venéreo) em Portugal

Autores

  • Pedro Andrade Serviço de Dermatovenereologia. Hospital Pedro Hispano. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Matosinhos. https://orcid.org/0000-0003-3194-3055
  • Jacinta Azevedo Consulta de Doenças Sexualmente Transmissíveis. Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Lapa. ACES Lisboa Central. Lisboa. https://orcid.org/0000-0001-8904-5819
  • Carmen Lisboa Departamento de Dermatologia e Venereologia. Unidade Local de Saúde São João. Porto; Departamento de Patologia e Microbiologia. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto; Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS)/RISE. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. https://orcid.org/0000-0001-8247-8902
  • Cândida Fernandes Centro de Responsabilidade Integrada de Dermatovenereologia. Hospital dos Capuchos. Unidade Local de Saúde São José. Centro Clínico Académico de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0003-2913-2536
  • Maria José Borrego Laboratório Nacional de Referência das Infeções Sexualmente Transmissíveis. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Lisboa. https://orcid.org/0000-0002-8604-8800
  • João Borges-Costa Serviço de Dermatovenereologia. Centro Hospitalar de Lisboa Norte. Unidade Local de Saúde de Santa Maria. Lisboa; Unidade de Investigação em Dermatologia. Clínica Universitária de Dermatologia de Lisboa. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. https://orcid.org/0000-0001-8903-209X
  • Joel Reis Serviço de Dermatovenereologia. Hospital Pedro Hispano. Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Matosinhos. https://orcid.org/0000-0002-8007-2420
  • Felicidade Santiago Serviço de Dermatovenereologia. Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Unidade Local de Saúde de Coimbra. Coimbra. https://orcid.org/0000-0003-2402-4229
  • António Santos Centro de Dermatologia EPIDERMIS. Instituto CUF. Matosinhos. https://orcid.org/0000-0002-4039-7335
  • João Alves Serviço de Dermatovenereologia. Hospital Garcia de Orta. Unidade Local de Saúde de Almada-Seixal. Almada. https://orcid.org/0009-0004-2796-9986
  • em representação do Grupo Português para o Estudo e Investigação das Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (GEIDST/SPDV)

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.21442

Palavras-chave:

Chlamydia trachomatis, Infecções por Chlamydia/diagnóstico, Infecções por Chlamydia/tratamento

Resumo

A infeção por Chlamydia trachomatis é a infeção bacteriana sexualmente transmissível mais frequente a nível global. A sua abordagem diagnóstica é desafiante pela existência de um grande número de portadores assintomáticos, e requer uma disponibilização apropriada de testes laboratoriais à população em risco. Em Portugal, a incidência da infeção tem crescido de forma consistente nos últimos anos, pelo que se impõe a necessidade de cuidados redobrados na identificação de casos, rastreio de contactos sexuais e aplicação de medidas terapêuticas eficazes. As presentes recomendações resultam da adaptação à realidade portuguesa dos consensos internacionais em termos de diagnóstico e terapêutica da infeção por Chlamydia trachomatis, e foram formuladas com o objetivo de uniformizar a gestão clínica e laboratorial dos casos sintomáticos e portadores não sintomáticos da infeção em Portugal à luz dos conhecimentos atuais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Australasian Society for HIV, Viral Hepatitis and Sexual Health Medicine. Australasian IST management guidelines for use in primary care – Chlamydia. ASHM. 2021. [consultado 2023 set 2]. Disponível em: https://sti.guidelines.org.au/wp-content/uploads/2022/07/sexuallytransmissible-infections-chlamydia-2022-07-21-06_33_12.pdf.

Lanjouw E, Ouburg S, de Vries HJ, Stary A, Radcliffe K, Unemo M. 2015 European guideline on the management of chlamydia trachomatis infections. Int J STD AIDS. 2016;27:333-48.

Nwokolo NC, Gragovic B, Patel S, Tong CY, Muzny CA, Park I, et al. 2015 UK national guideline for the management of infection with chlamydia trachomatis. Int J STD AIDS. 2016;27:251-67.

Sadoghi B, Kranke B, Komerichi P, Hutterer G. Sexually transmitted pathogens causing urethritis: a mini-review and proposal of a clinically based diagnostic and therapeutic algorithm. Front Med. 2022;9:931765.

World Health Organization. WHO Guidelines for the treatment of chlamydia trachomatis. Geneva: World Health Organization; 2016.

Workowski KA, Bachmann LH, Chan PA, Johnston CM, Muzny CA, Park I, et al. Sexually transmitted infections treatment guidelines, 2021. MMWR Recomm Rep. 2021;70:1-187.

Wu IB, Schwartz RA. Reiter’s syndrome: the classic triad and more. J Am Acad Dermatol. 2008;59:113-21.

Hiyama Y, Takahashi S, Yasuda M. AAUS guideline for chlamydial urethritis. J Infect Chemother. 2022;28:142-5.

European Centre for Disease Prevention and Control. Chlamydia infection. In: ECDC. Annual epidemiological report for 2019. Stockholm: ECDC; 2022.

European Centre for Disease Prevention and Control. Surveillance atlas of infectious diseases. [consultado 2023 nov 06]. Disponível em: https://atlas.ecdc.europa.eu/public/index.aspx.

Geretti AM, Mardh O, de Vries HJ, Winter A, McSorley J, Seguy N, et al. Sexual transmission of infections across Europe: appraising the present, scoping the future. Sex Transm Infect. 2022 (in press). doi: 10.1136/sextrans-2022-055455.

Portugal. Despacho 5681-A/2014. Diário da República, II Série, n.º 82 (2014/074/29).

Rodrigues R, Sousa C, Vale N. Chlamydia trachomatis as a current health problem: challenges and opportunities. Diagnostics. 2022;12:1795.

Chan PA, Robinette A, Montgomery M, Almonte A, Cu-Uvin S, Lonks JR, et al. Extragenital infections caused by chlamydia trachomatis and neisseria gonorrhoeae: a review of the literature. Infect Dis Obstet Gynecol. 2016;2016:5758387.

Carlin EM, Ziza JM, Keat A, Janier M. 2014 European Guideline on the management of sexually acquired reactive arthritis. Int J STD AIDS. 2014;25:901-12.

Meyer T. Diagnostic procedures to detect chlamydia trachomatis infections. Microorganisms. 2016;4:25.

Sousa EL, Girão RS, Simões JM, Reis CM, Galvão NA, Andrade SC, et al. Chlamydia trachomatis: a major agent of respiratory infections in infants from low-income families. J Pediatr. 2012;88:423-9.

Kelly H, Coltard CE, Pant Pai N, Klausner JD, Unemo M, Toskin I, et al. Systematic reviews of point-of-care tests for the diagnosis of urogenital chlamydia trachomatis infections. Sex Transm Infect. 2017;93:S22-30.

DeVries HJ, de Barbeyrac B, de Vrieze NH, Viset JD, White JA, Vall-Mayans M, et al. 2019 European guideline on the management of lymphogranuloma venereum. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2019;33:1821-8.

European Centre for Disease Prevention and Control. Gonococcal antimicrobial susceptibility surveillance in the EU/EEA: Summary of results for 2019. Stockholm: ECDC; 2021.

Grant JS, Stafylis C, Celum C, Grennan T, Haire B, Kaldor J, et al. Doxycycline prophylaxis for bacterial sexually transmitted infections. Clin Infect Dis. 2020;70:1247-53.

Portugal. Despacho 12513-B/2019. Diário da República, II Série, n.º 251 (2019/12/31).

Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia. Folhetos informativos – grupo português de estudo e investigação das doenças sexualmente transmissíveis. [consultado 2023 out 26]. Disponível em: https://www.spdv.pt/_grupo_para_o_estudo_e_investigacao_das_doencas_sexualmente_transmissiveis.

Meites E, Szilagyi PG, Chesson HW, Unger ER, Romero JR, Markowitz LE. Human papillomavirus vaccination for adults: updated recommendations of the advisory committee on immunization practices. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2019;68:698-702.

Direçã o-Geral da Saúde. Norma n.º 001/2024 de 22/03/2024. Lisboa: DGS; 2024.

Downloads

Publicado

2024-06-03

Como Citar

1.
Andrade P, Azevedo J, Lisboa C, Fernandes C, Borrego MJ, Borges-Costa J, Reis J, Santiago F, Santos A, Alves J, em representação do Grupo Português para o Estudo e Investigação das Doenças Sexualmente Transmissíveis da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (GEIDST/SPDV). Recomendações para o Diagnóstico e Tratamento da Infeção Não Complicada por Chlamydia trachomatis (Não- Linfogranuloma Venéreo) em Portugal. Acta Med Port [Internet]. 3 de Junho de 2024 [citado 22 de Novembro de 2024];37(6):475-82. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/21442

Edição

Secção

Normas de Orientação