Infeção por Citomegalovirus e Cancro do Cólo do Útero: de Dúvidas Passadas a Questões Presentes
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.221Resumo
Introdução: Desde os anos 60 que o Citomegalovírus tem sido estudado pelo potencial papel no desenvolvimento de cancro do colo do útero. Após várias décadas de estudos e relatos da presença de DNA viral em amostras cervico-vaginais, ainda permanecem dúvidas sobre qual a prevalência do Citomegalovírus no cólo do útero e se este pode ser um cofator da carcinogénese. Métodos: Nesta Revisão Sistemática pretendemos descrever a prevalência de Citomegalovírus em amostras cervicais, revendo todos os estudos publicados entre 1980 e 2011 que descrevem a infecção por Citomegalovírus em amostras cervicais e o desenvolvimento de lesões/carcinoma invasor. As frequências da infecção por Citomegalovírus foram calculadas de acordo com a região no mundo. Resultados: Este estudo revelou que a frequência bruta da infecção por Citomegalovírus no cólo do útero foi de 18,9% em todas as amostras e 36,5% em mulheres HPV positivas. A infecção por Citomegalovírus está presente em todas as diferentes lesões: 17,4% em normais/cervicite, 28,0% em LSIL, 19,7% em HSIL e 44,4% em CIS/ICC. A frequência global variou de 1,58% a 61,0%, com uma maior incidência em países menos desenvolvidos. Conclusão: Neste estudo, verificou-se uma elevada frequência de casos positivos para Citomegalovírus em todos os tipos de amostras cervico-vaginais, com maior incidência em mulheres infectadas por HPV e em casos de cancro. Assim, são necessários mais estudos para esclarecer se a infecção por Citomegalovírus é uma infecção oportunista ou se contribui para a imunossupressão favorecendo a carcinogénese associada ao HPV.
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