Fração Exalada de Óxido Nítrico no Controlo e Abordagem Terapêutica da Asma
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.2371Resumo
Introdução: A asma é uma doença respiratória crónica caracterizada pela hiper-reactividade e inflamação brônquica. A inflamação brônquica destes doentes pode ser monitorizada através da medição da fração exalada de óxido nítrico. Este estudo tem por objetivo determinar a associação do valor da fração exalada de óxido nítrico com o débito expiratório máximo instantâneo e com o controlo da asma determinado pela Classificação da Iniciativa Global para a Asma.
Material e Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal de crianças com asma, 6-12 anos, seguidas na Consulta Externa de Patologia Respiratória do Hospital de Braga. Informação sociodemográfica e clínica colhida através de um questionário. Determinado o valor da fração exalada de óxido nítrico, através do analisador portátil Niox Mino®, e do débito expiratório máximo instantâneo,
através do debitómetro.
Resultados: A amostra é constituída por 101 crianças asmáticas, 63 (62,4%) do sexo masculino e 38 (37,6%) do sexo feminino. A idade média dos participantes na amostra é de 9,18 (1,99) anos. A regressão logística, realizada com o valor de cutoff obtido pela curva de ROC, revelou que a fração exalada de óxido nítrico tem um efeito estatisticamente significativo (bNíveis do FENO = 0,85; χ2
Wald (1) = 8,71; OR = 2,33; p = 0,003) sobre a probabilidade de mudar de nível de controlo da asma. Por cada nível de fração exalada de óxido nítrico incrementado o odds de passar a não controlada é 2,33 vezes superior.
Discussão e Conclusão: A probabilidade de uma criança asmática mudar o seu nível de controlo da asma, de ‘controlada’ para ‘parcialmente controlada/não controlada’, tendo em consideração uma alteração no seu nível da fração exalada de óxido nítrico, aumenta 133%.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons