Burnout em Professores: A sua Relação com a Personalidade, Estratégias de Coping e Satisfação com a Vida
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.24Resumo
Introdução/Objectivos: A síndrome de Burnout caracteriza-se por sentimentos de exaustão física e emocional, despersonalização e baixa realização pessoal e o ensino tem sido considerado um dos contextos de trabalho onde os profissionais parecem estar mais expostos a Burnout. Foi objectivo do presente estudo relacionar Burnout, personalidade, afectividade, estratégias de Coping e satisfação com a vida.
Material e Métodos: Foi recolhida uma amostra de 404 professores, do primeiro ciclo ao ensino universitário, com idades compreendidas entre 23 e 64 anos (M = 41,20; DP = 9,79). Foram utilizados como instrumentos: Coping Responses Inventory (CRI), Big Five Inventory (BFI), Positive and Negative Affective Schedule (PANAS), Maslach Burnout Inventory (MBI) e Satisfaction with Life Scale (SWLS).
Resultados: Os resultados mostraram que os professores com um nível superior de neuroticismo apresentaram mais Burnout, enquanto os docentes com um nível superior de extroversão e amabilidade apresentaram maior realização pessoal. Os docentes com afectividade negativa apresentaram mais Burnout. Os professores que apresentaram estratégias de Coping mais focadas no problema apresentaram igualmente maior realização pessoal, conscienciosidade, extroversão e abertura à experiência. Por outro lado, os docentes que evidenciaram estratégias mais centradas nas emoções apresentaram mais Burnout e neuroticismo. Também ficou demonstrado que quanto maior a satisfação com a vida, maior a realização pessoal e a extroversão e menor o Burnout. Os professores a leccionar em níveis de ensino superiores apresentaram maior satisfação com a vida e menor exaustão emocional.
Conclusões: Não se pode compreender o Burnout ignorando os processos da personalidade e da selecção de estratégias de coping que o acompanham.
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