Arterial Spin Labeling: Experiência Inicial, Indicações Clínicas e Dificuldades

Autores

  • Angelo Carneiro Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Sofia Pina Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Bruno Moreira Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.252

Resumo

O arterial spin labeling (ASL) é uma técnica de perfusão por ressonância magnética (RM) que usa os protões das moléculas de água do sangue arterial como marcador endógeno. As suas principais vantagens residem no facto de ser um método não invasivo, rápido e que dispensa a administração de contraste. Actualmente os seus resultados são reprodutíveis de modo robusto, o que o torna uma ferramenta cada vez mais utilizada na prática clínica. O objectivo deste trabalho é apresentar a nossa experiência inicial com o ASL, salientando os aspectos técnicos, as principais solicitações clínicas, os resultados obtidos e as dificuldades experimentadas.

Métodos: Foi efectuada uma revisão dos exames realizados durante um período de oito meses, usando uma técnica de ASL pulsado, num aparelho de 3T. A avaliação dos mapas de perfusão foi realizada de modo qualitativo.

Resultados: As principais indicações clínicas para a realização de ASL foram epilepsia, doenças neuro-degenerativas e tumores intra-parenquimatosos. Embora o ASL não tenha sido, em nenhum dos casos, a principal ferramenta diagnóstica, contribuiu, por vezes, com dados fisiológicos importantes para o diagnóstico e para a orientação terapêutica. Salientam-se os casos de doentes com múltiplas crises epilépticas nos quais foi possível identificar focos de hiperperfusão pós-ictal (cujos resultados foram concordantes com o SPECT). Destacam-se ainda casos de doenças neuro-degenerativas nos quais o ASL identificou áreas de hipoperfusão típicas das respectivas entidades nosológicas. As principais dificuldades estiveram relacionadas com o carácter qualitativo da avaliação e com a valorização clínica dos achados.

Conclusão: O estudo da perfusão cerebral por ASL tem um potencial diagnóstico importante. Com este trabalho mostramos que, com uma aquisição rápida e pós-processamento simples, pode facilmente integrar os estudos de RM de rotina.

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Publicado

2012-11-02

Como Citar

1.
Carneiro A, Pina S, Moreira B. Arterial Spin Labeling: Experiência Inicial, Indicações Clínicas e Dificuldades. Acta Med Port [Internet]. 2 de Novembro de 2012 [citado 23 de Novembro de 2024];25:1-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/252

Edição

Secção

Original