Alterações Mesiotemporais em Doentes com Neurossífilis

Autores

  • Marco Bousende Unidade Autónoma de Neurorradiologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.
  • Isabel Cravo Unidade Autónoma de Neurorradiologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.
  • Leonor Lopes Unidade Autónoma de Neurorradiologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.
  • Cristina Gonçalves Unidade Autónoma de Neurorradiologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.
  • Ana Valverde Serviço de Neurologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.
  • Teresa Palma Unidade Autónoma de Neurorradiologia. Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca. Amadora. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.275

Resumo

Objectivos: Avaliar e descrever os achados clínico-imagiológicos de dois doentes com alterações mesiotemporais num contexto de neurossífilis.

Métodos: Foram revistos dois casos de neurossífilis com lesões mesiotemporais. Os dados clínicos foram recolhidos dos processos dos doentes, incluindo sexo, idade, apresentação clínica, alterações laboratoriais, electroencefalograma, tratamento e evolução clínica. Foram reavaliadas as ressonâncias magnéticas iniciais e de seguimento dos pacientes.

Resultados: Apresentamos dois doentes do sexo masculino, 45 e 43 anos, imunocompetentes e sem história de sífilis conhecida. Ambos apresentavam história de alterações do comportamento, desorientação e alterações mnésicas com semanas de evolução. Laboratorialmente os resultados foram compatíveis com neurossífilis (TPHA e VDRL no sangue e líquor), sendo as serologias para HSV negativas. Na ressonância magnética identificaram-se lesões da substância branca temporal, amígdalas, hipocampos, gyri parahipocampi e ínsulas. Foi realizada terapêutica com penicilina G durante 14 dias, com evolução clínico-imagiológica favorável.

Conclusões: A variabilidade da apresentação clínica e imagiológica na neurossífilis dificulta o seu diagnóstico. O início precoce do tratamento melhora significativamente o prognóstico dos doentes, pelo que um diagnóstico atempado é determinante. Do ponto de vista imagiológico, a neurossífilis deverá ser considerada como diagnóstico diferencial nos casos de lesões mesiotemporais, alertando os clínicos para a importância da sua investigação laboratorial.

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Publicado

2012-11-02

Como Citar

1.
Bousende M, Cravo I, Lopes L, Gonçalves C, Valverde A, Palma T. Alterações Mesiotemporais em Doentes com Neurossífilis. Acta Med Port [Internet]. 2 de Novembro de 2012 [citado 23 de Novembro de 2024];25:64-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/275

Edição

Secção

Caso Clínico