Relação do Tabagismo com Ansiedade e Depressão nos Cuidados de Saúde Primários
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.278Resumo
Introdução: A prevalência de tabagismo em Portugal é estimada em 19,7% (2005). O tabagismo é prevalente nas perturbações da ansiedade. Alguns estudos referem que 60% dos fumadores tem história de depressão. A dependência tabágica pode ser avaliada pela escala de Fagerström. A Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar permite estimar a ansiedade e depressão. O objectivo deste trabalho foi procurar a existência de relação entre tabagismo e ansiedade/depressão em utentes de oito unidades de cuidados primários.
Material e Métodos: Foi desenhado um estudo observacional, descritivo, transversal, analítico. Inquérito anónimo. Foram considerados como critérios de inclusão os utilizadores das unidades, maiores de 18 anos e alfabetizados e de exclusão os menores de 18 anos ou erros no preenchimento dos inquéritos. As variáveis consideradas foram: Fagerström, Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar, idade, estado civil, género, profissão, escolaridade.
Resultados: Foram considerados no estudo um total de 608 indivíduos, sendo 64% do género feminino e 21% de fumadores. Não verificámos diferenças em termos de ansiedade ou depressão na comparação entre não fumadores, ex-fumadores e fumadores. Verificámos que o grau de dependência da nicotina varia directamente com a ansiedade e depressão embora só se encontre relação estatisticamente significativa no género feminino, mesmo após correcção do efeito da idade.
Discussão: Existe relação entre dependência da nicotina e gravidade de sintomas de ansiedade e depressão, sobretudo no género feminino. Limitação: viés de selecção.
Conclusão: Este estudo fornece informação relativa aos factores psicológicos associados ao consumo de tabaco, podendo ser útil no tratamento da dependência de nicotina.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons