Telemonitorização de INR: Eficácia e Segurança de um Sistema de Avaliação em 453 Doentes

Autores

  • Filipa Ferreira Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Eduardo Antunes Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Rui César Neves Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Fátima Farias Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Paula Malveiro Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Hermínia Choon Serviço de Patologia Clínica. Hospital de Santa Marta. Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Ana Galrinho Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.
  • Rui Cruz Ferreira Serviço de Cardiologia, Hospital de Santa Marta Centro Hospitalar de Lisboa Central. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.288

Resumo

Introdução: A análise do valor de INR em doentes hipocoagulados traz grande sobrecarga aos profissionais de saúde, despesas excessivas ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e perda de qualidade de vida dos doentes que se vêm obrigados a deslocações hospitalares frequentes. Não deveria constituir surpresa que a tecnologia esteja na vanguarda dos cuidados de saúde no século XXI e na área da anticoagulação têm sido desenvolvidos projectos de auto-monitorização do INR através do telefone, telemóvel ou internet. O objectivo deste estudo foi analisar a eficácia e segurança de um sistema de telemonitorização de INR implementado no nosso hospital em 2006.

Material e Métodos: Estudo observacional, prospectivo dos 453 doentes incluídos no sistema de telemonitorização de INR desde 2006 até final Novembro 2010. A comunicação entre o doente e os profissionais de saúde é feita através de mensagens do telemóvel num sistema codificado e estandardizado que inclui informação sobre a manutenção ou alteração de terapêutica sempre que necessário e a data da próxima avaliação. Sempre que necessário o doente pode emitir um pedido de ajuda através de um código para o efeito. Na população estudada avaliaram-se os seguintes parâmetros: desistência do projecto de telemonitorização, necessidade de modificação da dose do anticoagulante, pedidos de esclarecimento por parte do doente, complicações hemorrágicas e internamento por INR > 10.

Resultados: Da população estudada 53% eram do sexo feminino, idade média = 57 +/- 16. A percentagem dos valores de INR dentro do intervalo terapêutico obtida foi de 83%. Não se registaram desistências do projecto de telemonitorização. A percentagem de doentes com complicações hemorrágicas minor e major durante o follow-up foi de 0,4% e 0,2% respectivamente.

Conclusões: O sistema de telemonitorização mostra-se seguro e eficaz no controlo à distância de análise de INR, permitindo controlo eficaz de INR com baixa prevalência de hemorragias major ou minor.

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Publicado

2012-11-12

Como Citar

1.
Ferreira F, Antunes E, Neves RC, Farias F, Malveiro P, Choon H, Galrinho A, Cruz Ferreira R. Telemonitorização de INR: Eficácia e Segurança de um Sistema de Avaliação em 453 Doentes. Acta Med Port [Internet]. 12 de Novembro de 2012 [citado 24 de Novembro de 2024];25(5):297-300. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/288