Factores Anatómicos Relacionados com a Osteonecrose dos Maxilares por Bisfosfonatos: Um Estudo Retrospectivo Realizado em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.29Resumo
Objectivos: São objectivos deste estudo sobre osteonecrose dos maxilares por bisfosfonatos (BRONJ), conhecer a distribuição local da doença, saber se existem factores anatómicos associados ou determinantes, se há outros ossos atingidos, e contribuir com novos dados para o estabelecimento da sua prevalência em Portugal.
Materiais e métodos: Os autores fizeram um estudo retrospectivo dos doentes com osteonecrose dos maxilares por bisfosfonatos, do Serviço de Estomatologia do Hospital Universitário de Santa Maria em Lisboa (42 casos), de 1 de Janeiro de 2004 a 30 de Abril de 2011. Utilizaram o programa estatístico SPSS Vs.19.
Resultados: Há uma maior prevalência de lesões na mandíbula (66,7%), quando comparada com a do maxilar superior (26,19%). É significativamente superior no osso alveolar (95,24%). A área de molares e pré-molares é a mais atingida (valor mais elevado no 6o sextante = 35,29%). Em todos os casos a lesão ocorreu após um período de medicação superior a noventa dias, espontaneamente em 14,29% dos doentes.
Conclusões: A osteonecrose dos maxilares por bisfosfonatos é uma entidade anátomo-clínica relevante (42 novos casos neste es- tudo), pela gravidade e desconforto (dor em 81,1%). Existe correlação anatómica. Há associação ao trauma, tipo de bisfosfonato, via e tempo de administração. O Zoledronato foi administrado por via endovenosa em 76,19% dos doentes. Os maxilares foram o único local em que a doença ocorreu em todos os casos. Recomendam-se medidas preventivas, evitando o trauma e utilizando a janela de intervenção de 90 dias, após a prescrição.
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