Hospital Admissions for Herpes Zoster in Portugal Between 2000 and 2010
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.312Resumo
Introdução e Objectivos: O aumento da incidência de herpes zoster e da nevralgia pós-herpética estão associados ao envelhecimento da população. Estas patologias podem ser francamente debilitantes e ter um grande impacto na qualidade de vida dos doentes. Numa população envelhecida como a portuguesa, é esperado que o impacto do herpes zoster e da post-herpetic neuralgia aumentem. No entanto, não existe no país nenhum sistema específico de monitorização da doença e não foram encontrados dados epidemiológicos portugueses nas últimas décadas. A vacina contra o herpes zoster, já recomendada noutros países europeus, ainda não se encontra disponível em Portugal. Conhecer o impacto do herpes zoster é importante para fundamentar medidas de saúde pública relacionadas com a vacinação.Material e Métodos: Procedeu-se a uma análise retrospetiva da base de dados da Administração Central dos Sistemas de Saúde com a informação clínica codificada dos internamentos hospitalares de todos os indivíduos com o diagnóstico principal de herpes zoster (ICD-9-CM 053) e que tiveram alta entre 2000 e 2010.
Resultados: Em Portugal, entre 2000 e 2010, ocorreram 1 706 internamentos hospitalares com o diagnóstico principal de herpes zoster. A maioria dos doentes era idosa. Do total de internados, 10,6% tinham formas potencialmente graves de imunocompromisso. A doença predominante de herpes zoster sem complicações, seguido de herpes zoster do sistema nervoso e oftálmico. A duração média dos internamentos foi de 9,3 dias, aumentando com a idade. A letalidade intra-hospitalar foi de 1%. Considerando o período de 2000-2009 e apenas a população adulta, a média anual da incidência dos internamentos hospitalares com o diagnóstico principal de
herpes zoster foi de 1,9 por 100 000 habitantes, aumentando com a idade.
Conclusão: Este estudo confirma que, em Portugal, as formas graves de herpes zoster estão relacionadas com a idade e associadas a significativa morbilidade, mortalidade e utilização de recursos em saúde.
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