Estudo da Prevalência de Anomalias Cromossómicas em Abortamentos Espontâneos ou Mortes Fetais

Autores

  • Raquel Bastos Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Carla Ramalho Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto / Centro Hospitalar S. João. Porto. Portugal.
  • Sofia Dória Departamento de Genética. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.3952

Resumo

Introdução: O abortamento espontâneo é um dos problemas mais frequentes da gravidez, estimando-se que afete, pelo menos, 25% das mulheres que tentam engravidar. O objetivo principal deste trabalho foi o estudo da prevalência das anomalias cromossómicas em perdas gestacionais, analisando a sua relação com a idade materna, idade gestacional e história de abortamentos prévios.
Material e Métodos: Realizou-se um estudo retrospetivo em 401 casos de perdas de gravidez que efetuaram análise citogenética e anátomo-patológica, entre janeiro de 2008 e junho de 2012, no Centro Hospitalar de S. João.
Resultados: Dos 401 casos enviados para estudo citogenético foi possível obter informação sobre o complemento cromossómico em 333 casos, dos quais 72,7% apresentaram cariótipo normal e 27,3% cariótipo anormal. As aneuploidias representaram 92,3% das cromossomopatias identificadas, sendo as trissomias as mais frequentes, associadas a uma idade materna avançada e a uma idade gestacional precoce. Não se verificou concordância entre os resultados da análise anátomo-patológica e citogenética.
Discussão e Conclusão: A prevalência de anomalias cromossómicas, no primeiro trimestre, foi semelhante entre os casos de abortamento esporádico e recorrente. Com o aumento da idade materna observou-se um aumento das trissomias, com um incremento médio de 7,4% no risco de ocorrência por ano. Não foi estabelecida uma correlação cariótipo-patológica significativa. A contaminação materna da amostra foi o principal entrave à determinação exata da prevalência de anomalias cromossómicas. As técnicas de citogenética molecular já disponíveis podem colmatar esta e outras limitações da técnica convencional.

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Biografias Autor

Raquel Bastos, Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Mestrado Integrado em Medicina

 

Carla Ramalho, Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto / Centro Hospitalar S. João. Porto. Portugal.

Médica especialista em Ginecologia e Obtetrícia, HSJ EPE Doutoramento em Medicina, FMUP

Departamento de Ginecologia e Obtetricia, HSJ EPE/ FMUP

 

Sofia Dória, Departamento de Genética. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Portugal.

 

Doutoramento em biomedicina, FMUP

Departamento de Genética, FMUP

Publicado

2014-01-08

Como Citar

1.
Bastos R, Ramalho C, Dória S. Estudo da Prevalência de Anomalias Cromossómicas em Abortamentos Espontâneos ou Mortes Fetais. Acta Med Port [Internet]. 8 de Janeiro de 2014 [citado 19 de Maio de 2024];27(1):42-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/3952