Aporte do Iodo nas Crianças das Escolas em Portugal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4Resumo
Objectivo: Com o presente trabalho, pretendeu-se avaliar o aporte do iodo na população escolar portuguesa, a fim de transmitir às entidades responsáveis eventuais medidas a tomar.
Introdução: O iodo é o elemento chave para a síntese das hormonas tiroideias e a sua carência, ainda que moderada, pode ter efeitos nefastos durante a gravidez, resultando em alterações cognitivas nas crianças. Em Portugal não há dados recentes sobre o aporte do iodo nas crianças em idade escolar.
População e Métodos: Foram estudadas 3680 crianças provenientes de 78 escolas do Continente, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos. O aporte do iodo foi avaliado mediante a determinação das iodúrias levada a cabo por método colorimétrico.
Resultados: A mediana global das iodúrias foi de 105.5µg/L. 47,1% dos alunos apresentavam iodos urinários <100µg/L, correspondendo a 41% das 78 escolas estudas. 11,8% dos alunos tinha valores das iodúrias <50µg/L. Encontraram-se iodúrias significativamente superiores no sexo masculino, e na região sul do País. A toma de leite escolar contribuiu significativamente para um maior aporte do iodo.
Discussão: Os dados globais apontam para um aporte de iodo limiar na globalidade (mediana de 105.5µg/L). No entanto, 47% das crianças estudadas tinham valores ligeira a moderadamente insuficientes. Os estudos comparativos com os dados dos anos 80 apontam para franca melhoria do aporte do iodo que se considera ser devido à profilaxia silenciosa. O sexo masculino, a região administrativa e a toma de leite escolar,de acordo com outros autores,foram factores que inluenciaram significativamente o aporte do iodo
Conclusões: O estudo do aporte do iodo na população escolar portuguesa aponta para valores limiares. No entanto, em 41% das escolas estes níveis não foram satisfatórios. Nas regiões em que foi possível a comparação com os dados dos anos 80, verificou-se uma franca melhoria embora persistam áreas de carência. Tendo em conta os efeitos nefastos da carência iodada, a implementação da sua profilaxia mediante a iodização do sal, conforme preconizado pela OMS deve ser tomada em consideração.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Todos os artigos publicados na AMP são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a AMP rege-se pelos termos da licença Creative Commons ‘Atribuição – Uso Não-Comercial – (CC-BY-NC)’.
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc., de outras publicações. Após a aceitação de um artigo, os autores serão convidados a preencher uma “Declaração de Responsabilidade Autoral e Partilha de Direitos de Autor “(http://www.actamedicaportuguesa.com/info/AMP-NormasPublicacao.pdf) e a “Declaração de Potenciais Conflitos de Interesse” (http://www.icmje.org/conflicts-of-interest) do ICMJE. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Após a publicação, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons