Síndrome de Hiperestimulação Ovárica: Experiência de um Centro de Medicina da Reprodução 2005-2011

Autores

  • Mariana Lima Departamento de Microscopia, Laboratório de Biologia Celular. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Mário Sousa Departamento de Microscopia, Laboratório de Biologia Celular. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Cristiano Oliveira Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
  • Joaquina Silva Serviço de Embriologia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
  • José Teixeira Da Silva Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
  • Mariana Cunha Clinical Embryologists. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
  • Paulo Viana Clinical Embryologists. Centro de Genética da Reprodução Prof. Alberto Barros. Porto. Portugal.
  • Alberto Barros Departamento de Genética. Faculdade de Medicina do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4008

Resumo

Introdução: A Síndrome de Hiperestimulação Ovárica é uma complicação da hiperestimulação controlada do ovário realizada nos ciclos de reprodução medicamente assistida . O objetivo deste trabalho foi efetuar uma análise desses ciclos, para melhor compreensão daquela patologia, nomeadamente fatores de risco, formas de prevenção e tratamento da mesma e suas consequências. Materiais e Métodos: Análise retrospetiva de 4870 ciclos de reprodução medicamente assistida (2005 - 2011) com Síndrome de Hiperestimulação moderado (27) e grave (24). Foram estudados, os dados das características dos doentes, protocolos de estimulação, resultados embriológicos e clínicos, e tratamento efetuado. Resultados: No grupo com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica a idade média foi inferior, a dose de rFSH + HMG foi mais baixa e os níveis de estradiol foram mais elevados. Nos grupos com Síndrome de Hiperestimulação, as taxas foram significativamente superiores para o número médio de ovócitos e blastocistos obtidos, de gravidez bioquímica e clínica, de implantação e de recém-nascidos. O parto muito pré-termo e a proporção de recém-nascidos com peso baixo e muito baixo foram superiores no grupo com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica. As doentes com Síndrome de Hiperestimulação Ovárica grave foram hospitalizadas tendo apenas sido necessária medicação de suporte. Discussão: A Síndrome de Hiperestimulação Ovárica foi associada a condições de risco para o feto, nomeadamente prematuridade e baixo peso ao nascimento, devendo manter-se uma vigilância apertada da gravidez nestes casos. Conclusão: A idade jovem constitui um fator de risco de Síndrome de Hiperestimulação Ovárica e o nível de estradiol elevado foi preditor do mesmo, devendo levar à adoção de estratégias de prevenção.

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Publicado

2013-04-24

Como Citar

1.
Lima M, Sousa M, Oliveira C, Silva J, Teixeira Da Silva J, Cunha M, Viana P, Barros A. Síndrome de Hiperestimulação Ovárica: Experiência de um Centro de Medicina da Reprodução 2005-2011. Acta Med Port [Internet]. 24 de Abril de 2013 [citado 17 de Julho de 2024];26(1):24-32. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4008