Duração da Terapêutica Antibiótica na Meningite Bacteriana

Autores

  • P Ricardo Pereira Serviço de Medicina Interna. Hospital Pedro Hispano. Matosinhos, Portugal.
  • Fernando Borges Serviço de Infecciologia e Medicina Tropical. Hospital Egas Moniz (CHLO). Lisboa, Portugal.
  • Kamal Mansinho Serviço de Infecciologia e Medicina Tropical. Hospital Egas Moniz (CHLO). Lisboa, Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4012

Resumo

A questão do tempo de antibioterapia na meningite bacteriana é um assunto controverso. Os esquemas de antibioterapia têm variado ao longo do tempo bem como os critérios usados para a determinação da sua duração ideal. Os autores efectuaram uma revisão histórica sobre esta questão e, concomitantemente, reuniram a evidência de estudos recentes sobre esta temática, salientando alguns aspectos a ter em consideração na interpretação dos resultados, particularmente o desenho dos estudos e as inerentes questões demográficas e epidemiológicas. A investigação sobre esta questão, com resultados estatisticamente significativos, é relativamente recente sendo que a maior parte do conhecimento obtido é sobretudo baseado na experiência adquirida ao longo dos tempos. O paradigma da investigação actual, no que diz respeito à antibioterapia nas situações de meningite bacteriana, gira sobretudo em torno da dicotomia: esquemas de curta duração versus esquemas de longa duração. No entanto, os estudos existentes até ao momento não permitiram responder com clareza a esta dúvida, pelo menos de modo pleno. Assim sendo, apesar de haver evidência de que esquemas de curta duração são eficazes em alguns doentes, a sua utilização em doentes graves ou com co-morbilidades associadas poderá ser questionável.

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Publicado

2013-04-24

Como Citar

1.
Pereira PR, Borges F, Mansinho K. Duração da Terapêutica Antibiótica na Meningite Bacteriana. Acta Med Port [Internet]. 24 de Abril de 2013 [citado 23 de Novembro de 2024];26(1):43-50. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4012