Doença Invasiva Meningocócica em Cuidados Intensivos Pediátricos

Autores

  • Patrícia Mação Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Gustavo Januário Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Sofia Ferreira Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Andrea Dias Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Teresa Dionísio Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Carla Pinto Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Leonor Carvalho Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4073

Resumo

Introdução: A infecção meningocócica tem uma elevada mortalidade e morbilidade em crianças. O tratamento agressivo do choque, a referenciação precoce, o transporte secundário especializado e a vacinação são factores com impacto potencial na redução da mortalidade. Foram objectivos caracterizar as crianças com doença invasiva meningocócica admitidas em cuidados intensivos, avaliar parâmetros de gravidade e mortalidade.
Material e Métodos: Estudo observacional, cujo método de colheita de dados foi retrospectivo. Foram constituídos dois períodos, de seis anos cada, de acordo com o ano de admissão (A: 2000-2005 e B: 2006-2011) e nestes compararam-se índices de gravidade, disfunção orgânica e mortalidade.
Resultados: Foram admitidas 70 crianças com doença invasiva meningocócica. Quando comparadas com as outras causas verificouse uma redução nas admissões por doença invasiva meningocócica (período A: 3,4%; período B: 1,5%; p = 0,001). A ocorrência de meningite foi de 41% no período A e de 29% no período B (p = 0,461). Tiveram púrpura rapidamente progressiva 78% no período A e 50% no período B (p = 0,0032). As crianças do período A tiveram disfunção multi-órgão (80%), coagulação intravascular disseminada (76%) e coma (22%) mais frequentemente que as crianças do período B (29%, 29%, 0%; p < 0,05). A mortalidade foi 26% no período A e 0% no período B (p = 0,006) e a mortalidade estandardizada pelo PRISM foi 1,3 e 0 no período A e B respectivamente.
Discussão: A redução do número de admissões por doença menigocócica invasiva pode ser explicada pela introdução da vacina anti-meningocócica C em 2006. Pensa-se que a redução da mortalidade observada, possa ser atribuível à melhoria da estabilização inicial e ao transporte secundário.
Conclusão: Nos últimos anos houve uma redução significativa no número de admissões e na mortalidade por doença invasiva meningocócica.
Palavras-chave: Infecções Meningocócicas; Cuidados Intensivos Pediátricos; Mortalidade; Insuficiência de Múltiplos Órgãos; Portugal; Sepsis.

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Biografias Autor

Patrícia Mação, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Gustavo Januário, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Sofia Ferreira, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Andrea Dias, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Teresa Dionísio, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Carla Pinto, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Leonor Carvalho, Serviço de Cuidados Intensivos. Hospital Pediátrico de Coimbra. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Publicado

2014-06-30

Como Citar

1.
Mação P, Januário G, Ferreira S, Dias A, Dionísio T, Pinto C, Carvalho L. Doença Invasiva Meningocócica em Cuidados Intensivos Pediátricos. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2014 [citado 22 de Novembro de 2024];27(3):291-4. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4073

Edição

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