Histerectomia Totalmente Laparoscópica: Análise Retrospetiva de 262 Casos

Autores

  • Cristina Nogueira-Silva Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de Braga. Braga. Portugal. Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde. Escola de Ciências da Saúde. Universidade do Minho. Braga. Portugal.
  • Samuel Santos-Ribeiro Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Sónia Barata Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Conceição Alho Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Filipa Osório Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Carlos Calhaz-Jorge Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4080

Resumo

Introdução: A histerectomia é a cirurgia ginecológica major mais frequentemente realizada nos países desenvolvidos, considerando-se três principais vias de abordagem: vaginal, abdominal e laparoscópica. Apesar de múltiplas vantagens, a histerectomia totalmente laparoscópica tem-se associado a controvérsia relativamente à taxa de complicações.
Objectivos: Análise da nossa casuística de histerectomia totalmente laparoscópica e avaliação da taxa de complicações.
Material e Métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos das doentes submetidas a histerectomia totalmente laparoscópica no nosso departamento, pela mesma equipa cirúrgica, entre abril de 2009 e março de 2013 (n = 262).
Resultados: As doentes tinham em média 48,9 ± 9 anos e 49,2% tinha antecedentes de cirurgia abdomino-pélvica. O índice de massa corporal médio era 26,5 ± 4,5 kg/m2, sendo que 42% eram obesas ou tinham excesso de peso. O tempo operatório médio para realização da histerectomia totalmente laparoscópica foi 77,7 ± 27,5 minutos, diminuindo significativamente com o aumento da experiência da equipa cirúrgica. O peso médio da peça operatória foi 241 ± 168,4g e a duração média do internamento após a cirurgia foi 1,49 ±
0,9 dias. A diferença entre a hemoglobina pré e pós-operatória foi 1,5 ± 0,8g/dL. A morbilidade major foi 1,5% (n = 4) e a minor 11,5% (n = 30). Salienta-se um caso de conversão para laparotomia e dois casos de deiscência da cúpula vaginal. Não ocorreu nenhuma lesão urinária ou gastrointestinal grave.
Conclusões: Esta série demonstra que, se realizada por uma equipa cirúrgica adequadamente treinada, a histerectomia totalmente laparoscópica é segura e associada a baixa taxa de complicações.

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Biografias Autor

Cristina Nogueira-Silva, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de Braga. Braga. Portugal. Instituto de Investigação em Ciências da Vida e da Saúde. Escola de Ciências da Saúde. Universidade do Minho. Braga. Portugal.

Interna de Formação Específica de Ginecologia e Obstetrícia do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Braga;

Professora Auxiliar Convidada a 50% da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho

Samuel Santos-Ribeiro, Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Interno de Formação Específica de Ginecologia e Obstetrícia do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Sónia Barata, Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Conceição Alho, Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Assistente Graduada do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Filipa Osório, Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Assistente Convidada da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Carlos Calhaz-Jorge, Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução. Hospital de Santa Maria. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisboa. Portugal. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Chefe de Serviço do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte

Professor Associado Convidado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

Publicado

2014-01-08

Como Citar

1.
Nogueira-Silva C, Santos-Ribeiro S, Barata S, Alho C, Osório F, Calhaz-Jorge C. Histerectomia Totalmente Laparoscópica: Análise Retrospetiva de 262 Casos. Acta Med Port [Internet]. 8 de Janeiro de 2014 [citado 30 de Junho de 2024];27(1):73-81. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4080