Perfuração Esofágica na Criança: Casuística de um Serviço de Cirurgia Pediátrica (16 Anos)

Autores

  • Elizabete Vieira Serviço de Cirurgia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria (CHLN). Lisboa. Portugal .
  • Maria João Cabral Serviço de Cirurgia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria (CHLN). Lisboa. Portugal .
  • Mroslava Gonçalves Serviço de Cirurgia Pediátrica. Departamento de Pediatria. Hospital de Santa Maria (CHLN). Lisboa. Portugal .

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4101

Resumo

Introdução: O estudo teve por objetivo avaliar a experiência do nosso Serviço no tratamento das perfurações esofágicas. Material e Métodos: Análise retrospetiva de nove casos ocorridos entre 1 de Janeiro de 1996 e 31 de Dezembro de 2011. Destes casos, sete ocorreram após ingestão acidental de corpos estranhos e em dois tratou-se de lesões iatrogénicas após dilatação esofágica: por estenose péptica num caso e no outro por estenose da anastomose esofágica término-terminal de uma criança operada por atrésia do esófago. Resultados: Em 78% dos casos a abordagem inicial foi médica, com encerramento comprovado da perfuração em média ao fim de 20 dias; 22% dos doentes (dois casos) foram submetidos a cirurgia sem sucesso, acabando um deles por curar sem sequelas com pausa alimentar e terapêutica médica; no outro caso verificou-se necessidade de realizar posteriormente uma esofagocoloplastia. Na nossa série não se registou mortalidade. Discussão: A perfuração esofágica é uma das lesões mais graves do trato alimentar, continuando a ser devastadora, e, de difícil diagnóstico e tratamento. O reconhecimento desta complicação é fundamental para o seu tratamento com sucesso. Conclusões: O atraso do diagnóstico está associado a uma mortalidade que pode oscilar entre os 20 e 40%.

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Como Citar

1.
Vieira E, Cabral MJ, Gonçalves M. Perfuração Esofágica na Criança: Casuística de um Serviço de Cirurgia Pediátrica (16 Anos). Acta Med Port [Internet]. 31 de Maio de 2013 [citado 30 de Junho de 2024];26(2):102-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4101

Edição

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