Factores Preditivos de Metastização Ganglionar Retroperitoneal no Cancro do Endométrio
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4115Resumo
Introdução: Tem sido sugerido que o estadiamento completo possa ser omitido com segurança em doentes com carcinoma do endométrio e baixo risco de metástases ganglionares. Os objectivos do nosso trabalho foram a exploração do significado prognóstico de factores patológicos para disseminação ganglionar pélvica e para-aórtica e a validação do algoritmo da Clínica Mayo, de forma a identificar as doentes em que a linfadenectomia possa ser dispensada.
Material e Métodos: Efectuámos um estudo retrospectivo incluindo 208 doentes, para a avaliação de variáveis tumorais patológicas e metástases ganglionares. A análise estatística foi realizada através dos testes qui-quadrado, exacto de Fisher e t de Student.
Resultados: A invasão miometrial > 50% (p < 0,001), a invasão do colo (p = 0,001), a invasão dos espaços linfovasculares (p = 0,003) e a citologia peritoneal positiva (p = 0,03) constituíram preditores significativos de disseminação ganglionar retroperitoneal. A metastização
ganglionar pélvica foi preditiva de metastização ganglionar para-aórtica (p < 0,001).
Discussão: O algoritmo da Clínica Mayo identificou as doentes sem metástases nos gânglios pélvicos ou para-aórticos com um valor preditivo negativo de 98,4% (61/62). A combinação de invasão miometrial ≤ 50% e ausência de invasão cervical ou linfovascular apresentou um valor preditivo negativo de 98,8% (79/80).
Conclusão: Apesar de os critérios da Clínica Mayo predizerem uma probabilidade muito reduzida de metástases ganglionares retroperitoneais, a combinação de invasão miometrial ≤ 50% e ausência de invasão cervical ou linfovascular teria evitado a linfadenectomia num número superior de mulheres.
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