Estudo da ascite em doentes com cirrose hepática alcoólica.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4179Resumo
Estudou-se o líquido Ascítico (LA) de 56 doentes com Cirrose Hepática Alcoólica (CHA). 7 com ascite maligna e 5 com ascite de causa pancreática, com o objectivo de definir as suas características químicas ( proteínas, amilase, glucose e desidrogenase láctica), citológicas e bacteriológicas, tendo-se tentado igualmente determinar a incidência da Peritonite Bacteriana Espontânea (PBE). O líquido ascítico tinha aspecto límpido em 82,5% dos doentes com CH e em 62.5% dos doentes com ascites malignas. Os valores médios e a variação das diferentes substâncias foram proteínas, 1,77 g/dl (0,2-6,7); glucose, 132 mg/dl (20-423); amilase, 132 unid/dl (16-179) e DHL, 1-17 unid/l (20-2200). 26% dos doentes com CHA tinham proteínas superiores a 3,0 g/dl. Na ascite pancreática o valor médio da amilase foi 271,9 unid/l com uma variação de 68-5850 unid/l. Nos doentes com ascite e CHA, a média do número de leucócitos foi de 872 mm3 (variação 0-2790). 74% desses doentes tinham leucócitos superiores a 500/mm3 enquanto 40% dos doentes com ascites malignas apresentavam valores inferiores a esse número. A pesquisa de células neoplásicas foi sempre negativa. Os exames bacteriológicos apenas mostraram a presença de bactérias em dois doentes com CHA: um caso com uma estirpe de Staphylocuccus aureus (provável contaminação cutânea), e um caso com uma estirpe de Proteus mirabilis, o que representa uma incidência de 1,5% de PBE. Não se encontraram anaeróbios nos 7 doentes em que foi possível fazer-se a pesquisa. Em comparação com séries semelhantes recentemente publicadas há a referir a maior frequência de leucócitos elevados em LA estéreis e a baixa incidência de PBE.
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