Estudo piloto sobre o crescimento de indivíduos do sexo masculino (9-17 anos). II. Pregas cutâneas.

Autores

  • António Camilo Alves Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.
  • Maria Fátima Fontes de Sousa Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.
  • Luís Mimoso Ruiz Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.
  • Luís Nobre da Silva Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.
  • Mário Toscano Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.
  • Nuno Mendonça Belo Instituto de Anatomia Humana. Faculdade de Medicina de Lisboa. Centro de Estatística e Aplicações. Instituto Nacional de Investigação Científica. Hospital Militar Principal. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4181

Resumo

Neste artigo apresentam-se os resultados da segunda parte de um estudo sobre o crescimento realizado em meio urbano. É um estudo piloto, transversal, efectuado em 557 indivíduos do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 9 e os 17 anos, residentes em Lisboa. A colheita dos dados realizou-se durante os anos de 1977/78 em escolas primárias, escolas preparatórias e liceus de Lisboa escolhidos ao acaso. Submeteram-se todos os indivíduos a um exame auxológico constituído por medição das pregas cutâneas tricipital, bicipital, infra-escapular e supra-iliaca. Com os resultados obtidos elaborou-se um quadro com os valores médios de cada uma das pregas cutâneas e respectivos desvios-padrão em cada grupo etário. Calcularam-se para cada grupo etário os percentis de cada uma das pregas cutâneas. A partir dos valores das pregas cutâneas utilizando formulas matemáticas adequadas calcularam-se os valores médios e respectivos desvios-padrão da densidade somática e da gordura somática de cada grupo etário. Verificou-se que aos 12 anos existe um valor máximo da prega cutânea tricipital correspondente a «onda de gordura pré-adolescente». Depois disso há uma diminuição significativa da espessura desta prega com um valor mínimo aos 15 anos. Aos 16 e 17 anos manifesta-se já um novo aumento da espessura da prega tricipital. A evolução das outras pregas cutâneas e respectivo significado são analisados no texto. A gordura somática atinge um máximo aos 11 anos para decrescer em seguida ate aos 14 anos. Posteriormente manifesta-se uma nova subida aos 16-17 anos. Este conjunto de factos significa que nos indivíduos portugueses do sexo masculino presentemente estudados há um aumento de gordura no período pré-pubere dos 11-12 anos seguido de uma perda real de gordura com um mínimo aos 14-15 anos em plena puberdade. Os estudos longitudinais efectuados em populações em idade de crescimento demonstraram que este mínimo de gordura coincide com o pico máximo de velocidade de aumento da estatura. Num estudo transversal, como o presente, e apenas possível calcular os limites etários prováveis entre os quais este pico máximo ocorrerá (14-15 anos). Os resultados deste artigo são semelhantes aos resultados ingleses de Tanner no que diz respeito a evolução cronológica das pregas cutâneas e da gordura somática.

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Como Citar

1.
Alves AC, de Sousa MFF, Ruiz LM, da Silva LN, Toscano M, Belo NM. Estudo piloto sobre o crescimento de indivíduos do sexo masculino (9-17 anos). II. Pregas cutâneas. Acta Med Port [Internet]. 31 de Dezembro de 1980 [citado 19 de Maio de 2024];2(5-6):359-67. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4181

Edição

Secção

Arquivo Histórico