Identificação e Preservação de Glândulas Paratiróides em Peças de Cadáver
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4237Resumo
Introdução: É indispensável ter um conhecimento profundo da morfologia da glândula tiróide e das estruturas com ela relacionadas no compartimento anterior do pescoço, para minimizar a morbilidade decorrente da cirurgia da tiróide, nomeadamente a lesão das glândulas paratiróides e dos nervos laríngeos. Este estudo pretendeu identificar glândulas paratiróides em peças de cadáver, confirmando-as histologicamente.
Material e Métodos: Foram usadas 20 peças de cadáver para simular tiroidectomias. Durante a dissecção, foram isoladas as glândulas tiróides e eventuais glândulas paratiróides, que foram submetidas a estudo histológico.
Discussão: Foram dissecadas 20 peças de cadáver (regiões cervicais anteriores), sendo isolados 48 fragmentos que correspondiam a eventuais glândulas paratiróides, dos quais 35 foram confirmados histologicamente como sendo efectivamente paratiróides. Os 20 casos foram, então, divididos em três grupos, de acordo com o número de paratiróides confirmadas histologicamente. No primeiro grupo, constituído por 11 casos, todas as eventuais paratiróides foram confirmadas. No segundo grupo, constituído por seis casos, apenas algumas paratiróides foram confirmadas. No terceiro grupo, constituído por três casos, nenhuma das eventuais paratiróides isoladas era efectivamente paratiróide. Em sete das 20 glândulas tiróides isoladas, foram identificadas oito paratiróides no estudo histológico: quatro sub-capsulares; três extra-capsulares e uma intra-tiróideia. As dimensões das paratiróides não tinham relação estatisticamente significativa.
Conclusão: O conhecimento da anatomia das estruturas do compartimento central do pescoço e das suas variações mais frequentes diminui, mas não elimina a morbilidade da cirurgia da tiróide, nomeadamente a excisão iatrogénica das paratiróides, cuja dificuldade de identificação foi evidenciada nas peças dissecadas.
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