Identificação e Preservação de Glândulas Paratiróides em Peças de Cadáver

Autores

  • Catarina Melo Departamento de Anatomia. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.Coimbra. Portugal.
  • António Bernardes Instituto de Anatomia Normal. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Lina Carvalho Instituto de Anatomia Patológica. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4237

Resumo

Introdução: É indispensável ter um conhecimento profundo da morfologia da glândula tiróide e das estruturas com ela relacionadas no compartimento anterior do pescoço, para minimizar a morbilidade decorrente da cirurgia da tiróide, nomeadamente a lesão das glândulas paratiróides e dos nervos laríngeos. Este estudo pretendeu identificar glândulas paratiróides em peças de cadáver, confirmando-as histologicamente.
Material e Métodos: Foram usadas 20 peças de cadáver para simular tiroidectomias. Durante a dissecção, foram isoladas as glândulas tiróides e eventuais glândulas paratiróides, que foram submetidas a estudo histológico.
Discussão: Foram dissecadas 20 peças de cadáver (regiões cervicais anteriores), sendo isolados 48 fragmentos que correspondiam a eventuais glândulas paratiróides, dos quais 35 foram confirmados histologicamente como sendo efectivamente paratiróides. Os 20 casos foram, então, divididos em três grupos, de acordo com o número de paratiróides confirmadas histologicamente. No primeiro grupo, constituído por 11 casos, todas as eventuais paratiróides foram confirmadas. No segundo grupo, constituído por seis casos, apenas algumas paratiróides foram confirmadas. No terceiro grupo, constituído por três casos, nenhuma das eventuais paratiróides isoladas era efectivamente paratiróide. Em sete das 20 glândulas tiróides isoladas, foram identificadas oito paratiróides no estudo histológico: quatro sub-capsulares; três extra-capsulares e uma intra-tiróideia. As dimensões das paratiróides não tinham relação estatisticamente significativa.
Conclusão: O conhecimento da anatomia das estruturas do compartimento central do pescoço e das suas variações mais frequentes diminui, mas não elimina a morbilidade da cirurgia da tiróide, nomeadamente a excisão iatrogénica das paratiróides, cuja dificuldade de identificação foi evidenciada nas peças dissecadas.

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Biografias Autor

Catarina Melo, Departamento de Anatomia. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.Coimbra. Portugal.

António Bernardes, Instituto de Anatomia Normal. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Lina Carvalho, Instituto de Anatomia Patológica. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Publicado

2013-06-21

Como Citar

1.
Melo C, Bernardes A, Carvalho L. Identificação e Preservação de Glândulas Paratiróides em Peças de Cadáver. Acta Med Port [Internet]. 21 de Junho de 2013 [citado 22 de Novembro de 2024];26(3):195-9. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4237

Edição

Secção

Original