Divisão Alta do Nervo Isquiático: Duas Variantes Anatómicas Distintas

Autores

  • Diogo Pais Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.
  • Diogo Casal Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.
  • Maria Alexandre Bettencourt Pires Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.
  • Andrea Furtado Department of Radiology. São José Hospital. Lisbon. Portugal.
  • Tiago Bilhim Department of Radiology. São José Hospital. Lisbon. Portugal.
  • Maria Angélica-Almeida Plastic and Reconstructive Surgery Department and Burn Unit. São José Hospital. Lisbon. Portugal.
  • João Goyri-O'Neill Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4246

Resumo

Introdução: As variações do nervo isquiático são relativamente comuns e frequentemente muito significativas clinicamente. O objetivo deste trabalho é apresentar duas destas variações e discutir algumas das suas implicações clínicas.
Material e Métodos: Três cadáveres caucasianos sem história prévia de trauma ou cirurgia no membro inferior foram dissecados, apresentando variações anatómicas do nervo isquiático.
Resultados: Em todos os casos o nervo isquiático dividia-se acima da fossa poplítea.Em dois casos (cadáveres1 e 2) a terminação deste nervo ocorria na porção inferior da região glútea nos seus dois ramos terminais: os nervos fibular comum e tibial. Num outro caso (cadáver 3), o nervo isquiático dividia-se ainda dentro da bacia antes de percorrer a incisura isquiática maior. Neste caso, o nervo fibular comum saía da pelve acima do músculo piriforme, passando em seguida ao longo de sua face posterior, enquanto que o nervo tibial corria profundamente ao músculo piriforme.
Discussão: De acordo com a literatura, a variante anatómica descrita no cadáver 3 é considerada relativamente rara. Esta variante poderá predispor a síndromes compressivos do nervo isquiático. A divisão alta do nervo isquiático, de que são exemplos os cadáveres 1 e 2, pode comprometer a eficácia dos bloqueios anestésicos ao nível da fossa poplítea.
Conclusão: As variantes anatómicas associadas à divisão alta do nervo isquiático devem sempre ser tidas em consideração por
serem relativamente comuns e terem importantes implicações clínicas, nomeadamente nas áreas de Anestesiologia, Neurologia, Medicina do Desporto e Cirurgia.

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Biografias Autor

Diogo Pais, Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.

Diogo Casal, Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.

Maria Alexandre Bettencourt Pires, Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.

Andrea Furtado, Department of Radiology. São José Hospital. Lisbon. Portugal.

Tiago Bilhim, Department of Radiology. São José Hospital. Lisbon. Portugal.

Maria Angélica-Almeida, Plastic and Reconstructive Surgery Department and Burn Unit. São José Hospital. Lisbon. Portugal.

João Goyri-O'Neill, Anatomy Department. Medical Sciences Faculty. New University of Lisbon. Lisbon. Portugal.

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Publicado

2013-06-21

Como Citar

1.
Pais D, Casal D, Bettencourt Pires MA, Furtado A, Bilhim T, Angélica-Almeida M, Goyri-O’Neill J. Divisão Alta do Nervo Isquiático: Duas Variantes Anatómicas Distintas. Acta Med Port [Internet]. 21 de Junho de 2013 [citado 30 de Junho de 2024];26(3):208-11. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4246

Edição

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