Anatomia Radiológica da Disfunção Erétil Arteriogénica: Uma Abordagem Sistematizada
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4248Resumo
Introdução: A disfunção erétil é uma doença com elevada prevalência existindo crescente interesse na sua terapêutica endovascular. Devido à complexidade do sistema arterial pélvico masculino, o conhecimento anatómico é fundamental. Avaliou-se a aplicabilidade da classificação de Yamaki na avaliação de doentes com disfunção erétil arteriogénica usando a Angiografia Tomográfica Computorizada e a Angiografia Digital de Subtração.Métodos: Análise retrospetiva dos achados imagiológicos de Angiografia Tomográfica Computorizada e Angiografia Digital de Subtração em 21 doentes do sexo masculino, com suspeita de disfunção erétil arteriogénica, que foram submetidos a embolização pélvica seletiva numa única instituição. A função erétil foi avaliada através do IIEF-5. O padrão de bifurcação da Artéria Ilíaca Interna foi caracterizado de acordo com a classificação de Yamaki. O diagnóstico da disfunção erétil arteriogénica foi feita baseado na presença de lesões ateroscleróticas da Artéria Ilíaca Interna e da Artéria Pudenda Interna.
Resultados: A idade média foi de 67,2 anos; a média do IIEF foi 10,6 pontos. A Angiografia Tomográfica Computorizada e a Angiografia Digital de Subtração permitiram a classificação de todos os 42 lados pélvicos de acordo com a classificação de Yamaki. Vinte e quatro lados pélvicos foram classificados como Grupo A (57%), nove como Grupo B (21,5%) e nove como Grupo C (21,5%). A Angiografia Digital de Subtração detectou 19 Artérias Pudendas Internas anormais (lesões ateroscleróticas) (45%). A Angiografia Tomográfica Computorizada detectou 24 Artérias Pudendas Internas anormais (57%).
Conclusão: Os achados por Angiografia Tomográfica Computorizada e Angiografia Digital de Subtração incluem estenoses e oclusões da Artéria Ilíaca Interna e da Artéria Pudenda Interna. A classificação de Yamaki tem reprodutibilidade radiológica e permite o reconhecimento da Artéria Pudenda Interna em doentes com disfunção erétil arteriogénica.
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