Variante Anatómica dos Músculos Extensores dos Dedos: Um Achado Invulgar Suscitando Comentário sobre Tendinopatias
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4259Resumo
Na série alargada de mais de 500 dissecções de antebraços e mãos cadavéricas humanas, efectuadas por rotina anual do Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa desde 1973, detectam-se frequentemente variações anatómicas, com especial incidência a nível dos tendões extensores dos dedos. Detectámos em 2011, uma disposição peculiar dos feixes musculares dos músculos extensores superficiais dos dedos de que, por extensa revisão bibliográfica, não encontramos descrição. Identificou-se um curto feixe de fibras musculares unindo os ventres principais dos músculos extensor comum dos dedos e extensor do dedo mínimo, na margem ulnar do terço médio do antebraço de um caucasiano do sexo masculino, com 73 anos de idade. Consultando textos de Anatomia publicados, desde o séc. XVI até á actualidade, verifica-se que as mais antigas descrições anatómicas se referem precisamente a uma maior coesão, com divisão baixa entre os ventres musculares destes dois músculos. Apresentámos os resultados preliminares deste estudo no XXII International Symposium of Morphological Sciences, em Fevereiro de 2012, reservando a redacção pormenorizada deste achado anatómico para um dos primeiros números da publicaçãoArchives of Anatomy da Sociedade Anatómica Portuguesa. É nossa profunda convicção de que os estudos anatómicos, e em particular a dissecção cadavérica humana, necessitam ser revalorizados e modernizados, no início do novo milénio, pelo seu imprescindível contributo aos estudos médicos, tanto em termos curriculares básicos, como ainda na investigação clínica e cirúrgica, ou em termos de treino pósgraduado de técnicas cirúrgicas.
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