DCIsão: Estudo Analítico sobre a Substituição de Prescrições nas Farmácias
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4278Resumo
Introdução: A prescrição obrigatória por DCI foi imposta em 2012, para redução de custos do SNS e motivou discussão entre as partes envolvidas. Estudámos, numa população real, a dinâmica prescrição-dispensa de medicamentos.
Objetivos: Determinar a percentagem de prescrições substituídas; avaliar os fatores associados à substituição; identificar as respetivas justificações; quantificar os diferenciais dos custos para utente e Serviço Nacional de Saúde.
Material e Métodos: Estudo analítico. Amostra de conveniência constituída pelos medicamentos prescritos de uma unidade de saúde, de 19 a 23 de Dezembro de 2011. Três dias depois, os utentes foram entrevistados telefonicamente. Software: Excel® e SPSS®. Testes: Qui-quadrado e Mann-Whitney; n.s. = 0,05.
Resultados: Total de 255 prescrições. A maioria foi efetuada a mulheres (62%), idade média 52 anos, 4 anos de escolaridade (33%) e para situações agudas (53%). Foram substituídas 31% das prescrições, sem relação com idade, sexo ou escolaridade, nem com o médico prescritor ou farmácia. Os medicamentos prescritos para situações crónicas foram menos substituídos (p < 0,001), assim como as prescrições de marca (p < 0,001). Os anti-infeciosos e anti-alérgicos foram os grupos com mais substituições (p = 0,009). Os utentes não se aperceberam da substituição em 72% dos casos. Nos casos de substituição, o utente pagou, em média, mais 79% que o prescrito e o Serviço Nacional de Saúde 5%.
Discussão/Conclusão: Verificou-se substituição de 31% das prescrições, com mais custos para utente e Serviço Nacional de Saúde. Consideramos possível viés de seleção, informação e registo. Sendo agora obrigatória a prescrição por DCI, sugerimos a análise regular, a nível nacional, com base nas aplicações informáticas em uso, da prescrição e respetiva dispensa.
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