Surgical treatment and operative results for patients with transposition of the great arteries.
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4285Resumo
TRATAMENTO CIRÚRGICO E RESULTADOS NA TRANSPOSIÇÃO DOS GRANDES VASOS
Pensava-se que a incidência de cardiopatias congénitas era baixa mas sabe-se actualmente que ocorre em cerca de 1% dos nados-vivos. A transposição dos grandes vasos (TGV) é uma das mais frequentes cardiopatias congénitas cianosantes e é a mais comum entre as que são mortais no 1º ano de vida. Neste artigo descrevemos a nossa experiência com TGV e apresentamos a forma de tratamento que preferimos nas suas diversas variantes anatómicas.
TGV – com Septo inter ventricular intacto: Constituem cerca de 50% dos doentes com TGV, e devem a sua sobrevivência a uma comunicação interauricular ou a um «foramen ovale» patente. Nelas se põe a indicação terapêutica primária de septostomia de Rashkind ao mesmo tempo que se realiza o primeiro cateterismo cardíaco. Se o resultado obtido é bom a criança é seguida até à idade de 3 ou 4 meses, altura em que se repete o cateterismo. Entre os 8 e os 12 meses de idade realiza-se então uma intervenção cirúrgica venosa intra cardíaca. Descrevem-se as alternativas de terapêutica cirúrgica nestes casos. Mencionam-se os resultados e a mortalidade da operação de Mustard descritos em vários Centros. Recentemente a operação de Senning tem de novo passado a usar-se e os resultados obtidos são favoravelmente comparáveis com os da operação de Mustard.
TGV+Comunicação inter-ventricular (CIV): Em 25% dos casos de TGV existe uma CIV. Nestes doentes aparece precocemente doença vascular pulmonar e por isso a operação correctiva deve ser realizada mais cedo. A mortalidade operatória em doentes com TGV+CIV é mais elevada do que nas TGV simples.
TGV+CIV+Obstrução da câmara de saída do ventrículo esquerdo: Este conjunto de malformações ocorre em 0,67% dos doentes com cardiopatias congénitas. No entanto, em 31%i destes doentes a obstrução da câmara de saída do ventrículo esquerdo é significativa. As tentativas de ressecção da estenose ventricular esquerda sempre deram mortalidade alta até que em 1969, Rastelli et aI descreveram a correcção anatómica deste conjunto de lesões, dirigindo o sangue do ventrículo esquerdo para a aorta através da CIV e ligando ventrículo direito à artéria pulmonar por intermédio de um conduto valvulado.
TGV+Doença vascular pulmonar: Depois de se ter considerado esta associação como sinónimo de inoperabilidade, passaram a obter-se bons resultados operatórios com a técnica de operação de Mustard paliativa, descrita por Lindesmith, em que não se faz o encerramento da CIV. Descrevem-se em seguida os resultados a distância das correcções cirúrgicas das TGV e revêem-se as possibilidades futuras de técnicas descritas recentemente como a operação ou de SWITCH arterial.
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