Estudo Epidemiológico dos Locais de Morte em Portugal em 2010 e Comparação com as Preferências da População Portuguesa

Autores

  • Barbara Gomes Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.
  • Vera P. Sarmento Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.
  • Pedro Lopes Ferreira Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Irene J. Higginson Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.429

Resumo

Introdução: No contexto de um envelhecimento acentuado da população e aumento da mortalidade por doenças crónicas, este estudo epidemiológico nacional compara os locais onde as pessoas morrem com as preferências da população.
Material e Métodos: Dados de óbitos em 2010 por género, grupo etário, região de residência (NUTS II) e local de morte (hospital/clínica, domicílio e outro), em pessoas com 16 anos ou mais, foram cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística. Dados de preferências da população para local de morte obtiveram-se em 2010 através do inquérito telefónico PRISMA. Compara-se a distribuição de óbitos por local de morte com as preferências da população, segundo variáveis independentes, através de análise descritiva e inferencial.
Resultados: Dos 105 471 óbitos que ocorreram em Portugal em 2010, 61,7% deram-se em hospitais/clínicas e 29,6% no domicílio. Dos 1 286 residentes em Portugal que participaram no inquérito PRISMA, 51,2% expressaram preferência por morrer em casa, 35,7% escolheram uma unidade de cuidados paliativos, 8,9% o hospital e 2,2% lar ou residência.
Discussão e Conclusão: Existe um desfasamento substancial entre a realidade e preferências para local de morte em Portugal. Para ir ao encontro destas preferências é prioridade nacional desenvolver serviços de cuidados paliativos domiciliários, que previnam o aumento de óbitos hospitalares e que apoiem a morte em casa, com qualidade e respeitando preferências individuais. Recomenda-se a alteração das categorias de local de óbito no certificado oficial, com inclusão das opções ‘unidade de cuidados paliativos’ e ‘lar ou residência’, dado que as preferências dos cidadãos distinguem claramente entre estes locais.

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Biografias Autor

Barbara Gomes, Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.

Vera P. Sarmento, Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.

Pedro Lopes Ferreira, Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra. Faculdade de Economia. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Irene J. Higginson, Department of Palliative Care, Policy and Rehabilitation. King’s College London. Cicely Saunders Institute. London. United Kingdom.

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Publicado

2013-08-30

Como Citar

1.
Gomes B, Sarmento VP, Ferreira PL, Higginson IJ. Estudo Epidemiológico dos Locais de Morte em Portugal em 2010 e Comparação com as Preferências da População Portuguesa. Acta Med Port [Internet]. 30 de Agosto de 2013 [citado 30 de Junho de 2024];26(4):327-34. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/429

Edição

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