Fraturas Atípicas do Fémur Associadas a Terapêutica Prolongada com Bisfosfonatos
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4323Resumo
Introdução: A terapêutica prolongada com bisfosfonatos tem sido associada a fraturas atípicas do fémur cujas características estão neste momento definidas.
Casos Clínicos: Apresentam-se dois casos clínicos de doentes do género feminino sob terapêutica com bisfosfonatos há mais de 10 anos e que foram admitidas na nossa instituição por fraturas dos fémures resultantes de traumatismos de baixa energia. Estas fraturas localizavam-se na região subtrocantérica e mediodiafisária do fémur apresentando, respectivamente, traço simples transversal e oblíquo curto, com espessamento da cortical externa. Ambas foram submetidas a tratamento cirúrgico com bom resultado clínico e radiológico.
Discussão: Os casos apresentados cumprem os critérios aceites para o diagnóstico de fratura atípica do fémur, ilustrando um efeito adverso grave da terapêutica prolongada com bisfosfonatos. A evidência científica ainda não estabeleceu esta associação de forma inequívoca. Por outro lado, a eficácia destes fármacos na prevenção de fraturas osteoporóticas está comprovada.
Conclusão: A fratura atípica do fémur pode constituir um efeito adverso grave da terapêutica prolongada com bisfosfonatos. A evidência científica continua a suportar a sua utilização, mas o clínico deverá estar alerta e acompanhar atentamente estes doentes.
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