Pólipo Hiperplásico? Olhe com Atenção… O Impacto da Nova Classificação para os Pólipos Serreados

Autores

  • Catarina Fidalgo Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Liliana Santos Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Isadora Rosa Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Ricardo Fonseca Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Pedro Lage Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Isabel Claro Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • Paula Chaves Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.
  • António Dias Pereira Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4725

Resumo

Introdução: A Organização Mundial de Saúde reviu a classificação para os pólipos serreados do cólon em 2010. Uma nova entidade, o adenoma serreado séssil, foi incluída com duas variantes: com e sem displasia citológica. O potencial de malignização desta lesão foi reconhecido e, de acordo com a nova classificação, muitos pólipos poderão ser reclassificados. O impacto desta mudança ainda não foi aferido.
Objectivo: Analisar a proporção de lesões reclassificadas de acordo com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde e as variáveis que a influenciaram.
Material e Métodos: Todos os doentes com pelo menos um adenoma serreado séssil diagnosticado num período de cinco anos foram incluídos. Todos os pólipos (independentemente do tipo histológico) ressecados durante o período considerado foram revistos. Recolhidas variáveis dos pólipos e dados dos doentes. Incluídos 40 doentes consecutivos [13 mulheres, idade média no diagnóstico do 1º adenoma serreado séssil - 59 anos (34-80)].
Resultados: Revistos 247 pólipos: hiperplásicos - 42%; adenomas convencionais - 29%; adenoma serreado séssil - 24%; adenomas serreados-5%. Reclassificados 63 pólipos: 43 hiperplásicos, 12 adenomas serreados, 7 adenoma serreado séssil e 1 adenoma convencional com displasia de baixo brau. A reclassificação foi significativamente mais provável para os pólipos hiperplásicos em relação aos outros subtipos. 41% (43/104) dos pólipos hiperplásicos foram reclassificados como adenoma serreado séssil. Para estes pólipos a probabilidade de reclassificação foi independente da localização mas maior se a dimensão ≥ 5 mm.
Discussão: Este é um estudo rectrospectivo que foi conduzido num único Centro Oncológico de Referenciação com uma Clínica de Risco Familiar associada, o que pode ter influenciado os resultados. No entanto, a elevada taxa de reclassificação para os pólipos hiperplásicos e o facto de estes terem sido reclassificados quase sempre como adenomas serreados tornam estes resultados relevantes para a prática do dia a dia.
Conclusão: Os nossos resultados mostram que, de acordo com a nova classificação da Organização Mundial de Saúde para os pólipos serreados, uma proporção considerável de pólipos hiperplásicos seria reclassificada. A via serreada de carcinogénese colorectal tem sido provavelmente subestimada e doentes em risco podem estar sob vigilância inadequada.
Palavras-chave: Classificação de Tumores; Neoplasias do Colon/classificação; Neoplasias do Colon/diagnóstico; Organização Mundial
de Saúde; Pólipos do Cólon.

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Biografias Autor

Catarina Fidalgo, Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Liliana Santos, Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Isadora Rosa, Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Ricardo Fonseca, Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Pedro Lage, Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Isabel Claro, Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal. Clínica de Risco Familiar. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

Paula Chaves, Serviço de Anatomia Patológica. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

António Dias Pereira, Serviço de Gastrenterologia. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E. Lisboa. Portugal.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

1.
Fidalgo C, Santos L, Rosa I, Fonseca R, Lage P, Claro I, Chaves P, Dias Pereira A. Pólipo Hiperplásico? Olhe com Atenção… O Impacto da Nova Classificação para os Pólipos Serreados. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2014 [citado 24 de Novembro de 2024];27(3):304-8. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4725

Edição

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