Estudo de Adaptação e Características Psicométricas da Versão Portuguesa da Adolescent Coping Scale – Escala de Coping para Adolescentes

Autores

  • Diogo Frasquilho Guerreiro Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Diana Cruz Faculdade de Psicologia. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Maria Luísa Figueira Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Daniel Sampaio Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4729

Resumo

Introdução: O coping é um processo psicológico que leva ao ajustamento individual perante situações de stress. A Adolescent Coping Scale é um instrumento de investigação e uma ferramenta clínica, amplamente utilizada. O presente estudo tem como objectivos desenvolver uma versão Portuguesa da Adolescent Coping Scale e analisar as estratégias e estilos de coping dos jovens da nossa amostra.
Material e Métodos: Um questionário anónimo compreendendo a Adolescent Coping Scale obteve respostas de 1 713 alunos (56% do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 20 anos e uma média etária de 16). O estudo de validade da escala contemplou: análise em componentes principais e avaliação da consistência interna; análise confirmatória através de modelo de equações estruturais. Posteriormente, foram comparadas por género as estratégias e estilos de coping da amostra (testes t para amostras independentes).
Resultados: A estrutura final da adaptação da Adolescent Coping Scale reteve 70 itens, que avaliam 16 estratégias de coping agrupadas em três estilos distintos. As escalas apresentaram bons valores de consistência interna (alfas de Cronbach compreendidos entre 0,63 e 0,86, com a exceção de uma dimensão que apresentou um valor de 0,55) e o modelo confirmatório demonstrou bom fit (goodness of fit index compreendidos entre 0,94 e 0,96). Foram eliminadas duas estratégias de coping por motivos estatísticos (ausência de saturação de itens suficientes nas dimensões correspondentes). Verificámos que o estilo de coping focado na resolução do problema é aquele maioritariamente utilizado pelos adolescentes da nossa amostra, em ambos os sexos. No sexo feminino observaram-se valores médios mais elevados nos estilos de coping não produtivo e de referência a outros.
Discussão: A versão adaptada apresenta elevada semelhança com a escala original, com alterações minor espectáveis tendo em conta que o coping é influenciado por variáveis culturais, geográficas e sócioeconómicas.
Conclusão: O presente estudo representa uma parte importante do protocolo de validação Portuguesa da Adolescent Coping Scale, nomeadamente a sua adaptação linguística, estudo da consistência interna e da estrutura fatorial.

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Biografias Autor

Diogo Frasquilho Guerreiro, Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Médico, Especialista em Psiquiatria

Doutorando em Psiquiatria e Saúde Mental, área de estudo comportamentos auto-lesivos em adolescentes.

Assistente da Faculdade de Medicina de Lisboa

Diana Cruz, Faculdade de Psicologia. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Doutorada em Psicologia.

Maria Luísa Figueira, Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Professora Catedrática de Psiquiatria.

Daniel Sampaio, Departamento de Psiquiatria. Faculdade de Medicina. Universidade de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Professora Catedrática de Psiquiatria.

Publicado

2014-04-30

Como Citar

1.
Guerreiro DF, Cruz D, Figueira ML, Sampaio D. Estudo de Adaptação e Características Psicométricas da Versão Portuguesa da Adolescent Coping Scale – Escala de Coping para Adolescentes. Acta Med Port [Internet]. 30 de Abril de 2014 [citado 25 de Novembro de 2024];27(2):166-80. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4729

Edição

Secção

Original