Sobrevivência de Cancro da Mama e Factores Associados: Resultados do Registo Oncológico Regional Sul

Autores

  • Maria do Rosario André Department of Medical Oncology. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.
  • Sandra Amaral Department of Medical Oncology. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.
  • Alexandra Mayer Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.
  • Ana Miranda Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.
  • Working Group ROR SUL Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4784

Resumo

Objectivos: A incidência do cancro da mama em Portugal é inferior à média europeia, sendo, ainda assim, a neoplasia mais frequente na mulher. As taxas de mortalidade por cancro de mama apresentam uma distribuição heterogénea nas diferentes regiões de Portugal. São múltiplos os factores que podem influenciar esta distribuição, incluindo aspectos demográficos e socioeconómicos, características biológicas tumorais, e o acesso aos cuidados de saúde. O objectivo deste estudo é detectar diferenças na sobrevivência do cancro de mama feminino e os principais factores associados.
Material e Métodos: Estudo de coorte, de base populacional e orientação retrospectiva, com follow-up. Foram incluídos casos de cancro de mama diagnosticados em 2005 e residentes na região sul de Portugal, tendo os dados sido recolhidos a partir da base de dados do Registo Oncológico Regional Sul (ROR-Sul) e complementados com dados dos processos clínicos.
Resultados: Foram incluídos neste estudo 1 354 doentes. Observaram-se as seguintes variações geográficas: na distribuição etária, com uma população envelhecida no Alentejo; na distribuição de sub-tipos tumorais, com uma maior incidência de tumores HER2- positivo no Algarve e maior incidência de tumores HER2-negativo na Região Autónoma da Madeira. A sobrevivência global estimada aos 5 anos foi de 80%, com uma associação significativa com o estadio, receptores hormonais e status HER2. Não foram identificadas diferenças na sobrevivência entre mulheres residentes em regiões geográficas distintas.
Discussão: Apesar das diferenças observadas na distribuição etária e de sub-tipos tumorais entre regiões geográficas, os nossos resultados não suportam a existência de discrepâncias na sobrevivência do cancro de mama entre estas regiões. As características biológicas tumorais parecem ser os principais factores associados à sobrevivência do cancro de mama feminino na nossa população.
Conclusões: O nosso estudo confirma a associação entre a sobrevivência e o estadio, receptores hormonais e status HER2. No entanto, não foram observadas diferenças na sobrevivência entre diferentes regiões geográficas de residência.
Palavras-chave: Neoplasias da Mama; Estadiamento de Neoplasias; Análise de Sobrevida; Portugal.

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Biografias Autor

Maria do Rosario André, Department of Medical Oncology. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

Sandra Amaral, Department of Medical Oncology. Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

Alexandra Mayer, Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

Ana Miranda, Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

Working Group ROR SUL, Southern Portugal Cancer Registry (ROR-Sul). Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil. Lisbon. Portugal.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

1.
André M do R, Amaral S, Mayer A, Miranda A, ROR SUL WG. Sobrevivência de Cancro da Mama e Factores Associados: Resultados do Registo Oncológico Regional Sul. Acta Med Port [Internet]. 30 de Junho de 2014 [citado 22 de Novembro de 2024];27(3):325-30. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4784

Edição

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