Factores de Prognóstico após Ressecção de Metástases Hepáticas de Cancro

Autores

  • Margarida Matias Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.
  • Mafalda Casa-Nova Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.
  • Mariana Faria Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.
  • Ricardo Pires Clinical and Translational Research Oncology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisbon. Portugal.
  • Joana Tato-Costa Clinical and Translational Research Oncology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisbon. Portugal.
  • Leonor Ribeiro Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.
  • Luis Costa Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4816

Palavras-chave:

Hepatectomia, Neoplasias Colo-rectais, Neoplasias Hepáticas/cirurgia, Neoplasias Hepáticas/secundárias, Prognóstico.

Resumo

Introdução: A ressecção de metástases hepáticas é o único tratamento potencialmente curativo em doentes com metástases hepáticas de cancro colo-rectal, resultando numa sobrevida global de 36-58%. Até à data foram publicados múltiplos trabalhos sobre factores de prognóstico após hepatectomia em doentes com metástases hepáticas de cancro colo-rectal. No entanto, poucos apresentaram modelos de prognóstico que permitam estratificar os doentes em grupos de risco, relacionando-os com sobrevida após metastasectomia hepática.
Objectivos: Identificar, avaliar e comparar os diferentes scores de prognóstico após recessão de metástases hepáticas de cancro colo-rectal.
Material e Métodos: Pesquisa na PubMed, Cochrane e Embase, de artigos publicados entre 1990 e 2013, usando os termos ‘recessão hepática’, ‘cancro colo-rectal’, ‘metástases hepáticas’, ‘hepatectomia’, ‘prognóstico’ e ‘modelo’. Apenas os artigos que apresentaram modelos de prognóstico com base em variáveis clínico-patológicas foram incluídos.
Resultados: De 1996 a Junho de 2013, 19 modelos de prognóstico foram identificados, incluindo um nomograma. Foram identificados 30 diferentes factores prognósticos, embora nenhum factor fosse comum a todos os modelos prognósticos. Os factores mais frequentemente incluídos foram: número de metástases hepáticas, envolvimento ganglionar regional do tumor primário, nível sérico de CEA pré-operatório e tamanho máximo das metástases. A amostra mediana foi de 305 doentes (81-1 568 doentes) e o seguimento mediano foi de 33 meses (16-54 meses). Todos os estudos foram retrospectivos e utilizaram o modelo proporcional de Cox para análise multivariada.
Conclusão: Vários factores têm sido constantemente reportados como tendo valor prognostico após ressecção de metástases hepáticas de cancro colorectal, no entanto, não existe consenso sobre o modelo ideal de prognóstico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Margarida Matias, Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (2000-2006); Ano Comum no Cnetro Hospitalar Lisboa Central em 2007.

Especialidade de Oncologia Médica tendo efectuado o internato de Oncologia no Serviço de Oncologia do Hospital de Santa Maria, CHLN, actualmente a trabalhar no Departamento de Oncologia Médica do Instituto Gustave Roussy, Villejuif, França.

Mafalda Casa-Nova, Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

University degree in Medicine

Speciality on Medical Oncology

Mariana Faria, Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

University degree in Medicine

Internship of Medical Oncology

Ricardo Pires, Clinical and Translational Research Oncology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisbon. Portugal.

University degree in Biology

Investigator on the Clinical and Translational Research Oncology Unit, Lisbon, Portugal

Joana Tato-Costa, Clinical and Translational Research Oncology Unit. Instituto de Medicina Molecular. Lisbon. Portugal.

University degree in Biology

Investigator on the Clinical and Translational Research Oncology Unit, Lisbon, Portugal

Leonor Ribeiro, Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

University degree in Medicine

Speciality on Internal Medicine and Medical Oncology

Luis Costa, Department of Medical Oncology. Centro Hospitalar Lisboa Norte. Lisbon. Portugal.

University degree in Medicine.

Speciality on Internal Medicine and Medical Oncology.

Director of the Oncology Division at Hospital de Santa MariaProfessor of Medicine & Biology of Cancer – Faculdade de Medicina de Lisboa

Principal Investigator of Instituto de Medicina Molecular (IMM) – Research Leader of The Clinical Translational Oncology Research Unit at IMM.

Downloads

Publicado

2015-02-27

Como Citar

1.
Matias M, Casa-Nova M, Faria M, Pires R, Tato-Costa J, Ribeiro L, Costa L. Factores de Prognóstico após Ressecção de Metástases Hepáticas de Cancro. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2015 [citado 17 de Agosto de 2024];28(3):357-69. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4816

Edição

Secção

Revisão