Técnicas Transobturadoras na Incontinência Urinária de Esforço Feminina

Autores

  • Ana Sousa Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • André Jesus Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • Maria Carvalho Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • Giselda Carvalho Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • João Marques Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • Francisco Falcão Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.
  • Isabel Torgal Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal. Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4869

Resumo

Introdução: A incontinência urinária de esforço afeta 20 a 40% das mulheres. Os slings colocados sob a uretra média, aplicados por via transobturadora, são a terapêutica consensualmente aceite na atualidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e possíveis complicações associadas à aplicação dos slings colocados por via transobturadora no tratamento da incontinência urinária de esforço.
Material e Métodos: Avaliaram-se retrospetivamente 363 doentes submetidas a cirurgia de incontinência urinária de esforço por via transobturadora, nos Hospitais da Universidade de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no período de 1 Janeiro de 2008 a 1 Julho de 2010.
Resultados: A média das idades das doentes foi de 56 anos [28 -86]. Além da correção da incontinência urinária de esforço, em 13,5% das mulheres foi associada outra cirurgia vaginal. A maioria (95,3%) das mulheres apresentou hipermobilidade da uretra. Ocorreram complicações per-operatórias em 0,8%, complicações pós-operatórias imediatas em 5,2% e complicações pós-operatórias tardias em 15,7%. A taxa de sucesso global foi de 93,7%. A taxa de sucesso nas doentes com uretra fixa foi 77,8%, verificando-se melhores resultados (94,5%) naquelas com hipermobilidade da uretra (p = 0,02). A taxa de sucesso foi comparável nas doentes com e sem cirurgias vaginais associadas.
Discussão: As técnicas transobturadoras têm taxas de sucesso elevadas, tendo-se tornado o tratamento de primeira linha para as doentes com IUE, independentemente se tratadas pela técnica outside-in (TOT®) ou pela inside-out (TVT-O®). Ambas as técnicas foram concebidas com o intuito de evitar a passagem no espaço retropúbico, reduzindo assim o número de complicações.
Conclusão: As taxas de cura para as abordagens transobturadoras oscilam entre 80 e 95%. A taxa de cura aumenta quando o mecanismo responsável pela incontinência urinária de esforço é a hipermobilidade da uretra, contudo não é alterada quando são realizadas concomitantemente outras cirurgias vaginais.
Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço; Slings Suburetrais.

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Biografias Autor

Ana Sousa, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Interna Complementar de Ginecologia e Obstetrícia

 

C.P.: 46089

André Jesus, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Interno Complementar de Ginecologia e Obstetrícia

Maria Carvalho, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar

Giselda Carvalho, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar

João Marques, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar

Francisco Falcão, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.

Assistente Hospitalar Graduado

Isabel Torgal, Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal. Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Diretora do Serviço de Ginecologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra

Professora Auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

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Publicado

2014-08-25

Como Citar

1.
Sousa A, Jesus A, Carvalho M, Carvalho G, Marques J, Falcão F, Torgal I. Técnicas Transobturadoras na Incontinência Urinária de Esforço Feminina. Acta Med Port [Internet]. 25 de Agosto de 2014 [citado 23 de Novembro de 2024];27(4):422-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4869

Edição

Secção

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