Adultos com Síndrome de Down: Caracterização de Uma Amostra Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4898Resumo
Introdução: A síndrome de Down ou Trissomia 21 afeta o desenvolvimento físico, comportamental e cognitivo. No decurso do envelhecimento, a ocorrência de comorbilidades aumenta nesta população, sendo a sua deteção e tratamento precoces determinantes na sua qualidade de vida.
Objetivo: Analisar numa amostra de adultos com síndrome de Down a existência de doenças médicas comuns, uso regular de medicação, eventual disfunção cognitiva e capacidades de comunicação oral.
Material e Métodos: Foram coletados os dados sociodemográficos e clínicos de 209 adultos portugueses (20 - 58 anos), com síndrome de Down. Vinte e seis indivíduos foram avaliados com a WAIS-III. Os dados foram analisados estatisticamente - SPSS (v.19).
Resultados: Quase metade da amostra (47,36%) sofre de comorbilidades, sendo as doenças cardíacas, psiquiátricas, epilepsia e hipotiroidismo as mais prevalentes. Setenta e dois indivíduos (34,45%) tomam medicação com ação no sistema nervoso central. Na WAIS-III, os valores de QI situam-se entre 45-61 (m = 49,65, dp = 4,93) existindo 141 indivíduos (67,5%) capazes de se expressar através de linguagem oral básica.
Discussão: Os indivíduos desta amostra são vulneráveis a várias comorbilidades. A maioria tem linguagem oral básica, mas os valores de QI situam-se na faixa ‘extremamente baixo’, sendo melhor o desempenho em tarefas verbais.
Conclusão: As limitações cognitivas e dificuldades comunicacionais na população com síndrome de Down podem condicionar o reconhecimento clínico precoce de comorbilidades que lhe estão associadas no decurso do envelhecimento. A valorização semiológica, com apoio do cuidador, é essencial para garantir que os cuidados de saúde adequados são prestados a esta população.
Palavras-chave: Síndrome de Down; Comorbilidade; Portugal.
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