Trajetórias Relacionais e Reprodutivas Conducentes à Gravidez na Adolescência: a Realidade Nacional e Regional Portuguesa

Autores

  • Raquel Pires Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Joana Pereira Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Anabela Araújo Pedrosa Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Teresa Bombas Serviço de Obstetrícia. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.
  • Duarte Vilar Associação Para o Planeamento da Família. Lisboa. Portugal. Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e Intervenção Social. Universidade Lusíada de Lisboa. Lisboa. Portugal.
  • Lisa Vicente Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil. Direção-Geral da Saúde. Lisboa. Portugal.
  • Maria Cristina Canavarro Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4902

Resumo

Introdução: Este estudo pretendeu caracterizar as trajetórias relacionais e reprodutivas conducentes à gravidez na adolescência em Portugal, explorando a existência de especificidades regionais.
Material e Métodos: O estudo decorreu entre 2008 e 2013 em 42 serviços de saúde públicos. A amostra, nacionalmente representativa, incluiu 459 grávidas com idades entre os 12 e os 19 anos. Os dados foram obtidos por autorrelato, através de uma ficha de caracterização construída para o efeito.
Resultados: Independentemente de terem tido um (59,91%) ou múltiplos parceiros sexuais (40,09%), as adolescentes engravidaram de forma mais frequente numa relação de namoro, utilizando contraceção à data da conceção e tendo identificado a falha contracetiva que esteve na origem da gravidez (39,22%). A nível regional, outras trajetórias surgiram com elevada prevalência, refletindo opções como a decisão de engravidar (Alentejo/Açores), a não utilização de contraceção (Centro/Madeira) ou a sua utilização ineficaz sem que a falha contracetiva fosse identificada (Madeira). As relações de namoro revelaram-se maioritariamente duradouras (> 19 meses), com homens mais velhos (> 4 anos) e fora do sistema de ensino (75,16%); estes resultados foram particularmente expressivos quando a gravidez foi planeada.
Discussão: O conhecimento gerado por este estudo reflete a necessidade de investir em abordagens preventivas que atendam às necessidades específicas das jovens de cada região e integrem a população masculina de maior risco.
Conclusão: Os nossos resultados podem contribuir para o delineamento de políticas de saúde mais eficazes e para uma atuação multidisciplinar mais informada ao nível da educação sexual e do planeamento familiar nas diferentes regiões do país.

Palavras-chave: Adolescente; Contraceção; Educação Sexual; Gravidez na Adolescência; Planeamento Familiar.

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Biografias Autor

Raquel Pires, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Joana Pereira, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Anabela Araújo Pedrosa, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Teresa Bombas, Serviço de Obstetrícia. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Duarte Vilar, Associação Para o Planeamento da Família. Lisboa. Portugal. Centro Lusíada de Investigação em Serviço Social e Intervenção Social. Universidade Lusíada de Lisboa. Lisboa. Portugal.

Lisa Vicente, Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil. Direção-Geral da Saúde. Lisboa. Portugal.

Maria Cristina Canavarro, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação. Universidade de Coimbra. Coimbra. Portugal. Unidade de Intervenção Psicológica. Maternidade Daniel de Matos. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal.

Publicado

2014-09-25

Como Citar

1.
Pires R, Pereira J, Pedrosa AA, Bombas T, Vilar D, Vicente L, Canavarro MC. Trajetórias Relacionais e Reprodutivas Conducentes à Gravidez na Adolescência: a Realidade Nacional e Regional Portuguesa. Acta Med Port [Internet]. 25 de Setembro de 2014 [citado 23 de Novembro de 2024];27(5):543-55. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4902