Prevalência do Uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação na Unidade Clínica de Paramiloidose do Centro Hospitalar do Porto

Autores

  • Kátia Valdrez Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Serviço de Neurologia. Unidade Clínica de Paramiloidose. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Elisabete Alves Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.
  • Teresa Coelho Serviço de Neurologia. Unidade Clínica de Paramiloidose. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.
  • Susana Silva Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.4972

Resumo

Introdução: A Polineuropatia Amiloidótica Familiar, cujo maior foco mundial é em Portugal, é reconhecida pelo Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida como uma doença grave elegível para Diagnóstico Genético Pré-Implantação. Pretendemos determinar a prevalência do uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação nos portadores de Polineuropatia Amiloidótica Familiar seguidos na Unidade Clínica de Paramiloidose, Centro Hospitalar do Porto, e identificar os fatores associados.
Material e Métodos: Entre janeiro e maio de 2013, recrutamos sistematicamente uma amostra representativa de portadores entre os 18 e 55 anos. A análise baseia-se em 111 portadores com diagnóstico familiar prévio da doença, que referiram estar envolvidos numa tentativa de gravidez alguma vez depois de 2001. Através de questionário autoadministrado, recolhemos dados sociodemográficos e informações sobre o uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação. Para comparação de proporções, utilizamos o teste de qui-quadrado. Odds ratios brutos e ajustados e os respetivos intervalos de confiança de 95% (IC 95%) foram estimados através de regressão logística multivariada.
Resultados: A prevalência de uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação foi de 20,7% (IC 95%: 13,6-29,5). Após ajuste, o rendimento familiar superior a 1000 €/mês (OR = 11,87; IC 95% 2,87-49,15) associou-se diretamente ao uso Diagnóstico Genético Pré-Implantação, enquanto portadores com diagnóstico individual (OR = 0,15; IC 95% 0,04-0,57) e filhos nascidos após 2001 (OR = 0,07; IC 95% 0,02-0,32) revelaram uma prevalência de uso significativamente menor do que aqueles com diagnóstico individual e filhos nascidos antes de 2001.
Discussão: A baixa prevalência de uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação, bem como a utilização menos frequente da técnica por aqueles com um rendimento familiar mais baixo evidenciam a importância de melhorar a acessibilidade ao Diagnóstico Genético Pré-Implantação no caso da Polineuropatia Amiloidótica Familiar.
Conclusão: Este trabalho contribui para o aumento da sensibilidade dos profissionais de saúde em torno do uso e da acessibilidade ao Diagnóstico Genético Pré-Implantação entre os portadores de Polineuropatia Amiloidótica Familiar.
Palavras-chave: Diagnóstico Genético Pré-Implantação; Polineuropatia Amiloidótica Familiar; Testes Genéticos; Procriação Medicamente Assistida.

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Biografias Autor

Kátia Valdrez, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal. Serviço de Neurologia. Unidade Clínica de Paramiloidose. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Elisabete Alves, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Teresa Coelho, Serviço de Neurologia. Unidade Clínica de Paramiloidose. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.

Susana Silva, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP). Departamento de Epidemiologia Clínica, Medicina Preditiva e Saúde Pública. Faculdade de Medicina. Universidade do Porto. Porto. Portugal.

Publicado

2014-12-30

Como Citar

1.
Valdrez K, Alves E, Coelho T, Silva S. Prevalência do Uso de Diagnóstico Genético Pré-Implantação na Unidade Clínica de Paramiloidose do Centro Hospitalar do Porto. Acta Med Port [Internet]. 30 de Dezembro de 2014 [citado 21 de Novembro de 2024];27(6):710-6. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4972