Enfarte do Omento: Avaliação do Tratamento Conservador em Idade Pediátrica
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.4996Resumo
Introdução: A melhoria da acuidade diagnóstica do enfarte do omento resultou num incremento da atitude conservadora no seu tratamento. Com o objectivo de avaliar a eficácia e segurança da abordagem não-operatória, analisámos os casos de enfarte do omento tratados num hospital terciário.Material e Métodos: Incluímos os casos de enfarte do omento primários tratados entre 2004 e 2011. Os enfartes do omento diagnosticados por imagiologia foram submetidos a tratamento conservador que constou de analgésicos e antibioterapia intravenosa. Avaliámos os dados demográficos, apresentação clínica, dados laboratoriais, imagiologia e resultado.
Resultados: Ocorreram nove casos de enfarte do omento. Oito pacientes (4 rapazes), com uma idade mediana de 8,5 anos, apresentaram-se na fase inicial da doença por dor abdominal à direita; a contagem leucocitária era normal ou ligeiramente elevada. Seis casos, diagnosticados por TC após ecografia suspeita de enfarte do omento em quatro, foram trados conservadoramente sem complicações, tendo alta ao terceiro dia (mediana). Dois doentes foram apenas diagnosticados durante a intervenção cirúrgica por suposta apendicite. O nono caso apresentou-se com uma obstrução intestinal devida a hérnia interna que foi resolvida por laparoscopia.
Discussão: A imagiologia foi diagnóstica na maioria dos casos de enfarte do omento, permitindo a adoção de uma abordagem conservadora. O tratamento não-operatório foi eficaz e sem complicações em todos os doentes que se apresentaram na fase inicial da doença. Um doente apresentou-se com uma complicação grave que requereu intervenção cirúrgica.
Conclusão: Na ausência de um tratamento consensual para o enfarte do omento, a abordagem não-operatória é uma alternativa não invasiva e eficaz, mas requer uma vigilância clínica ativa.
Palavras-chave: Enfarte; Omento.
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