Agentes Etiológicos e Suscetibilidade aos Antimicrobianos em Crianças Internadas por Pielonefrite Aguda

Autores

  • Filipa Flor-de-Lima Unit of Pediatric Nephrology. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Tânia Martins Unit of Pediatric Nephrology. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Ana Teixeira Unit of Pediatric Nephrology. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Helena Pinto Unit of Pediatric Nephrology. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.
  • Edgar Botelho-Moniz Department of Clinical Pathology. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal.
  • Alberto Caldas-Afonso Unit of Pediatric Nephrology. Hospital Pediátrico Integrado. Centro Hospitalar de São João. Porto. Portugal. Faculty of Medicine. University of Porto. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5033

Resumo

Introdução: A resistência aos antimicrobianos, provocada pela utilização de antibióticos continua a ser um importante problema de saúde pública e uma preocupação para os profissionais de saúde. O nosso objetivo foi conhecer a prevalência local dos uropatógenos e o seu perfil de suscetibilidade aos antimicrobiannos na pielonefrite aguda.
Material e Métodos: Estudo prospetivo nas crianças internadas por pielonefrite aguda no internamento de Pediatria de um hospital do norte de Portugal entre 1994-2012. Os agentes etiológicos e o seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos foram avaliados em quatro períodos de tempo (G1: 1994-1997, G2: 2002; G3: 2007; G4: 2012).
Resultados: Avaliámos 581 doentes, 66% do sexo feminino, com idade mediana de 22 meses. A Escherichia coli foi o principal uropatógeno e a sua prevalência manteve-se estável durante os últimos 18 anos. Verificou-se um aumento da sensibilidade à amoxicilina/ácido clavulânico de 71% no G1 para 81,5% no G4 (p = 0,001) e uma diminuição da taxa de resistência de 8,7% no G1 para 2,8% G4 (p = 0,008). A sua sensibilidade às cefalosporinas de segunda e terceira geração e nitrofurantoína foi superior a 90% (p = ns). A taxa de resistência ao cotrimoxazol aumentou de 22 % para 26 % (p = 0,008).
Discussão: A Escherichia coli continua a ser o uropatogénio mais frequente responsável por pielonefrite aguda, motivo pelo qual o seu perfil de sensibilidade aos antimicrobianos determina a escolha da antibioticoterapia empírica.
Conclusões: A amoxicilina/ácido clavulânico mantém-se como escolha de primeira linha para o tratamento empírico da pielonefrite aguda em regime de internamento.
Palavras-Chave: Pielonefrite; Antibacterianos; Crianças; Farmacorresistência Bacteriana.

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Publicado

2015-02-27

Como Citar

1.
Flor-de-Lima F, Martins T, Teixeira A, Pinto H, Botelho-Moniz E, Caldas-Afonso A. Agentes Etiológicos e Suscetibilidade aos Antimicrobianos em Crianças Internadas por Pielonefrite Aguda. Acta Med Port [Internet]. 27 de Fevereiro de 2015 [citado 30 de Junho de 2024];28(1):15-20. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5033