Avaliação da Qualidade dos Registos de Medicação Prolongada: Estudo QMP

Autores

  • Ana Azevedo Unidade de Saúde Familiar Sete Caminhos. Agrupamentos de Centros de Saúde de Gondomar. Gondomar. Portugal.
  • Brenda Domingues Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Vale Formoso. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.
  • Raquel Pimenta da Rocha Unidade de Saúde Familiar Faria Guimarães. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.
  • Rita Eiriz Unidade de Saúde Familiar de São João do Porto. Agrupamentos de Centros de Saúde Porto Ocidental. Porto. Portugal.
  • Vanessa Xavier Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Vale Formoso. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5058

Resumo

Introdução: A preocupação com a segurança na saúde torna essencial que todos os utentes, em particular os idosos por serem maioritariamente polimedicados, possuam uma lista completa e atualizada da sua medicação. Assim, propusemo-nos avaliar a qualidade dos registos eletrónicos de medicação prolongada.
Material e Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo, com componente analítico, no qual avaliámos a qualidade técnica dos registos de medicação prolongada nos idosos de quatro unidades de cuidados de saúde primários da região norte, antes e após uma intervenção. Nesta, efetuámos formação de boas práticas de registo aos médicos e promovemos a utilização do guia de Medicação Prolongada aos profissionais e utentes.
Resultados: Avaliámos 388 registos de 33 médicos. A categoria ideal, ‘Medicação apropriada e posologia presente’, aumentou de 23,5% para 48% (p < 0,001). As restantes categorias ‘Medicação inapropriada’ e ‘Medicação apropriada e posologia ausente’ diminuíram de 16,7% para 7% (p = 0,006) e de 59,8% para 46,0% (p = 0,02), respetivamente. As variáveis condição de orientador de formação, local de trabalho, anos de Medicina Geral e Familiar e percentagem de idosos, apresentaram diferenças com significado estatístico no início do estudo, no entanto após a ‘intervenção’, apenas a percentagem de idosos continuou a apresentá-las.
Discussão: Neste estudo, os médicos aderiram à proposta de mudança, independentemente da idade, género, condição de orientador de formação, local de trabalho e anos de Medicina Geral e Familiar. Consultas mais prolongadas na população idosa poderão ter impedido alcançar a melhor categoria de registo.
Conclusão: Este trabalho original mostra que é necessário implementar medidas periódicas de formação pós-graduada para manutenção de registos médicos atualizados.


Palavras-chave: Cuidados de Longa Duração; Prescrição Electrónica; Prescrição de Medicamentos; Polimedicação.

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Biografias Autor

Ana Azevedo, Unidade de Saúde Familiar Sete Caminhos. Agrupamentos de Centros de Saúde de Gondomar. Gondomar. Portugal.

Brenda Domingues, Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Vale Formoso. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.

Médica interna de Medicina Geral e Familiar (4º ano). Licenciada em Medicina pela FMUP. Pós-graduada em Medicina Desportiva pela FMUP.

Raquel Pimenta da Rocha, Unidade de Saúde Familiar Faria Guimarães. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.

Rita Eiriz, Unidade de Saúde Familiar de São João do Porto. Agrupamentos de Centros de Saúde Porto Ocidental. Porto. Portugal.

Vanessa Xavier, Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Vale Formoso. Agrupamentos de Centros de Saúde do Porto Oriental. Porto. Portugal.

Publicado

2014-09-25

Como Citar

1.
Azevedo A, Domingues B, Pimenta da Rocha R, Eiriz R, Xavier V. Avaliação da Qualidade dos Registos de Medicação Prolongada: Estudo QMP. Acta Med Port [Internet]. 25 de Setembro de 2014 [citado 17 de Agosto de 2024];27(5):561-7. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5058