Tratamento da Doença Inflamatória Intestinal: Estará o seu Doente em Risco de Não Adesão?

Autores

  • Joana Magalhães Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.
  • Francisca Dias de Castro Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.
  • Pedro Boal Carvalho Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.
  • Sílvia Leite Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.
  • Maria João Moreira Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.
  • José Cotter Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal. Life and Health Sciences Research Institute. School of Health Sciences. University of Minho. Braga. Portugal. ICVS/3B’s PT Government Associate Laboratory. Braga/Guimarães. Portugal.

DOI:

https://doi.org/10.20344/amp.5090

Resumo

Introdução: A adesão à terapêutica é um aspecto chave para a eficácia da terapêutica. O objectivo deste estudo foi avaliar a frequência e factores de risco associados à não adesão à terapêutica na doença inflamatória intestinal.
Material e Métodos: Cento e trinta e oito doentes com doença inflamatória intestinal (55,8% com Doença de Crohn e 44,2% com Colite Ulcerosa) preencheram um questionário sobre dados referentes à sua doença e comportamentos de não adesão ao tratamento. A análise estatística foi realizada com SPSS 18, a associação entre variáveis categóricas foi determinada através do teste exato de Fisher. Variáveis estatisticamente significativas na análise univariada foram incluídas no modelo de regressão logística.
Resultados: A não-adesão à terapêutica foi registada em 29,7% dos doentes. Em 70,7% dos casos foram referidos comportamentos não intencionais e 51,2% esqueceram pelo menos uma dose por semana. A não-adesão à terapêutica apresentou uma associação significativa com o diagnóstico recente da doença (p < 0,001), idade jovem (p = 0,001), aminossalicilatos tópicos (p = 0,005), percepção individual de baixa eficácia da terapêutica (p = 0,007) e uma escolaridade elevada (p = 0,011). No modelo de regressão logística os aminossalicilatos tópicos (p = 0,004), o diagnóstico recente da doença (p = 0,006) e a idade jovem (p = 0,027), foram identificados como preditores de não adesão à terapêutica.
Discussão: Doentes jovens, com diagnóstico recente e sob terapêutica com aminossalicilatos tópicos apresentaram um maior risco para comportamentos de não adesão.
Conclusões: A atenção dos gastrenterologistas deve focar-se na identificação dos fatores de risco envolvidos na não adesão e na promoção de medidas que contribuam para a diminuição da mesma.


Palavras-chave: Doença Inflamatória Intestinal; Doença de Crohn; Colite Ulcerosa; Cooperação do Doente; Factores de Risco; Recusa do Doente ao Tratamento.

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Biografias Autor

Joana Magalhães, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.

Francisca Dias de Castro, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.

Pedro Boal Carvalho, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.

Sílvia Leite, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.

Maria João Moreira, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal.

José Cotter, Serviço de Gastrenterologia. Centro Hospitalar do Alto Ave. Guimarães. Portugal. Life and Health Sciences Research Institute. School of Health Sciences. University of Minho. Braga. Portugal. ICVS/3B’s PT Government Associate Laboratory. Braga/Guimarães. Portugal.

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Publicado

2014-09-25

Como Citar

1.
Magalhães J, Dias de Castro F, Boal Carvalho P, Leite S, Moreira MJ, Cotter J. Tratamento da Doença Inflamatória Intestinal: Estará o seu Doente em Risco de Não Adesão?. Acta Med Port [Internet]. 25 de Setembro de 2014 [citado 23 de Novembro de 2024];27(5):576-80. Disponível em: https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/5090