Avaliação do Índice de Massa Corporal em Profissionais de Saúde dos Cuidados de Saúde Primários: um Estudo Transversal
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5141Resumo
Introdução: A obesidade é um importante problema de saúde pública por ser fator de risco para numerosas doenças e estar associada a maior risco de morte. A evidência sobre a prevalência de excesso de peso em profissionais de saúde é escassa e este grupo é frequentemente esquecido em programas de intervenção. Este trabalho tem como objetivo estimar a prevalência de obesidade e excesso de peso entre os profissionais nos cuidados de saúde primários portugueses e descrever diferenças entre os grupos profissionais.
Material e Métodos: Estudo descritivo transversal em contexto de cuidados de saúde primários em Portugal em 2011. Foram recolhidos dados sobre a ocupação, idade, sexo e altura de profissionais de quatro agrupamentos de centros de saúde. Fizemos uma análise descritiva das principais variáveis e uma análise de covariância para comparar o Índice de Massa Corporal.
Resultados: O grupo de conveniência representou 52,8% do total da população dos quatro agrupamentos de centros de saúde, sendo que 38,6% tinham excesso de peso e 16,9% eram obesos. Após ajustamento por idade e sexo, os assistentes técnicos e operacionais tiveram a média mais elevada de Índice de Massa Corporal.
Discussão: Apesar de não se poder garantir a generalização dos resultados nem excluir a possibilidade de viés de amostragem, estes resultados sugerem uma elevada prevalência de obesidade e excesso de peso nos profissionais dos cuidados primários de saúde em Portugal.
Conclusão: Neste contexto de cuidados de saúde primários mais de metade dos profissionais de saúde apresentavam excesso de peso ou obesidade. É possível que sejam necessárias intervenções específicas.
Palavras-chave: Índice de Massa Corporal; Pessoal de Saúde; Obesidade; Portugal; Cuidados de Saúde Primários.
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