Comparação da Aplicação da EER Hema-Obs a 250 Gestações da Consulta de Hematologia-Obstetrícia do Centro Hospitalar São João, Portugal Versus EER Galit Sarig a 90 Gestações no Rambam Health Care Campus, Israel
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5200Palavras-chave:
Estudo Comparativo, Gravidez, Israel, Medição de Risco, Portugal, Trombofilia.Resumo
Introdução: Na consulta de Hematologia-Obstetrícia do Centro Hospitalar São João EPE, as grávidas com trombofilias, episódios trombóticos anteriores e/ou história familiar de trombofilia são avaliadas e medicadas, recorrendo a uma escala de estratificação de risco (EER Hema-Obs).
Objectivos: Pretende-se, com este trabalho, avaliar a eficácia desta escala de estratificação de risco, comparando-a com uma escala semelhante, desenvolvida e publicada por Sarig (escala de estratificação de risco Sarig).
Material e Métodos: Procedeu-se às seguintes comparações: distribuição, por grupos de risco, obtida pela aplicação das duas escalas, em simultâneo, a 250 grávidas seguidas, na consulta do Centro Hospitalar São João EPE; sensibilidade e especificidade para cada uma das escalas (teste DeLong aplicado às curvas Receiver Operating Characteristic); desfechos nas gestações seguidas no Centro Hospitalar São João EPE e pelo grupo de Sarig no Rambam Health Care Campus (Israel).
Resultados: A estratificação de risco nas 250 grávidas foi: a) com a escala de estratificação de risco Hema-Obs - Risco Materno (29%), Alto Risco Materno-Fetal (47%), Muito Alto Risco Materno-Fetal (24%); b) com a escala de estratificação de risco Sarig - Baixo (24%), Intermédio (53%), Alto (16%), Muito Alto (7%). Aplicando as curvas Receiver Operating Characteristic a ambas as escalas, resultam áreas calculadas de 58,8% para a escala de estratificação de risco Hema-Obs e de 38,7% para a escala de estratificação de risco de Sarig, correspondendo a uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,0006 pelo teste de DeLong). Nas gestações acompanhadas no Centro Hospitalar São João EPE verificaram-se 91% de gestações bem-sucedidas e 9% de abortamentos; nas gestações acompanhadas por Sarig verificaram-se 82% de gestações bem-sucedidas e 18% de abortamentos.
Conclusões: Conclui-se que a escala de estratificação de risco Hema-Obs constitui um suporte eficaz para estratégias terapêuticas de acompanhamento clínico.
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