Avaliação do Perfil de Sensibilidade aos Antibióticos na Infeção Urinária da Comunidade
DOI:
https://doi.org/10.20344/amp.5352Resumo
Introdução: As infeções do trato urinário, depois das infeções respiratórias, são as mais comuns na comunidade. O conhecimento sobre a prevalência das estirpes microbianas e a sua suscetibilidade aos antibióticos é fundamental para instituir uma terapêutica empírica eficaz. O objetivo deste estudo foi determinar os padrões de suscetibilidade aos antibióticos das estirpes bacterianas isoladas em uroculturas positivas efetuadas em doentes da região centro de Portugal.
Material e Métodos: Procedemos a uma análise documental dos 6008 resultados de uroculturas, a disponibilizar aos médicos no ano de 2013, a maioria das quais executadas através do sistema automatizado VITEK 2 da bioMérieux. A análise dos dados foi efetuada através do SPSS versão 21.
Resultados: A maioria (80%) das 6008 uroculturas positivas foi efetuada no sexo feminino. A Escherichia coli foi a bactéria mais prevalente na amostra (65,9%), seguida pela Klebsiella spp (12%). A Nitrofurantoína apresentou elevada eficácia (96%) para as estirpes de E. coli, bem como a Fosfomicina (96,6%). A Amoxicilina-Ácido Clavulânico apresentou um nível de eficácia de apenas 81,1%, para o mesmo gérmen. As quinolonas apresentaram eficácia para 78% das estirpes de E. coli, sendo inferior à registada para a Fosfomicina e para a Nitrofurantoína.
Discussão: O presente estudo revelou que a E. coli foi o agente patogénico predominante nas infeções do trato urinário da comunidade (65,9%) apresentando percentagens de sensibilidade elevadas à Fosfomicina (96,6%) e à Nitrofurantoína (96%).
Conclusão: Recomenda-se a monitorização do perfil sensibilidade dos microrganismos aos antibióticos, de modo a otimizar a terapêutica empírica das ITU.
Palavra-chave: Infeções Urinárias; Resistência aos Antibióticos; Agentes Bacterianos; Infeções Comunitárias Adquiridas.
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